De acordo com ele, a projeção tem como base os dados de redução de novas áreas de desmatamento. Em comparação com os anos anteriores, desde 2003, utilizando uma ferramenta estatística, o Ibama projetou os dados com a mesma tendência até chegar à taxa zero.
? Se a situação que temos hoje for mantida nos próximos anos, muito em breve a nossa taxa de desmatamento em floresta primária atingirá um valor próximo de zero ? disse Pereira.
De acordo com as informações apresentadas pela direção do Ibama no Amazonas, em 2008, durante a operação de fiscalização Guardiões da Amazônia, a redução do desmatamento no Amazonas foi a mais significativa para os Estados da região. Em toda Amazônia, contudo, a taxa de desmatamento de 2008 foi maior que 2007. Este ano, a região teve cerca de 12 quilômetros quadrados de novas áreas desmatadas contra 11,5 em 2007.
Do ponto de vista da queda do desmatamento, conforme o relatório, 2008, em comparação com o ano anterior, foi melhor para os estados do Amazonas e de Rondônia, que registram queda de 315 e 550 quilômetros, respectivamente. Na outra ponta estão os estados do Mato Grosso, Roraima e Maranhão, com alta total superior a 1,3 mil quilômetros quadrados.
Segundo a direção do Ibama, apesar de o Estado do Amazonas apresentar uma redução contínua dos níveis de desmatamento, ainda precisa concentrar esforços para reverter o quadro do município de Novo Aripuanã. Segundo o Ibama, o acesso facilitado aos estoques florestais, aliado a uma situação de grilagem de terras no município, têm contribuído para o dado negativo no local. Em 2008, o município registrou 40,3 quilômetros quadrados de desmatamento.
? Essa é, sem dúvida, uma área que precisa de um trabalho mais intenso dos órgãos de fiscalização ? assinalou Pereira.