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Projeto deve recuperar mata ciliar do rio dos Sinos

Explorado desde 1780, recurso natural acabou degradado e poluídoBiólogos do Rio Grande do Sul estão desenvolvendo pesquisas para recompor a mata ciliar do rio dos Sinos. O trabalho pode melhorar a qualidade e o volume de água de um dos mais importantes rios do Estado.

Com 190 quilômetros de extensão, o rio dos Sinos é responsável pelo abastecimento de água de 32 municípios gaúchos. Explorado desde 1780, este recurso natural acabou degradado e poluído. Em 2006, um milhão de peixes apareceram mortos, e indústrias da região foram condenadas pelo crime ambiental. Só então a comunidade percebeu a importância de mudar o tratamento do rio.

Os biólogos estão desenvolvendo uma pesquisa com os diversos seres vivos da bacia. Divididos em quatro grupos, eles analisam os peixes, a botânica e os animais invertebrados, da água e da terra no Vale dos Sinos. O grupo de Aline trabalha com os chamados macroinvertebrados, animais que geralmente só podem ser vistos com o uso de microscópios, e servem de alimentação para os peixes.

? A gente coleta, tem um protocolo de coleta, e a gente leva para laboratório para verificar quais famílias que ocorrem ali, dependendo das famílias, que são indicadoras da qualidade. Há outras famílias, por exemplo, efemerópritas, tricóptas que refletem uma boa qualidade da água e outras famílias, por exemplo, quironomide, oligoqueta que refletem uma baixa qualidade da água ? diz a bióloga Aline Moraes.

O grupo da pesquisadora Mariana Albrecht trabalha com uma técnica de pesca com choque, com uma rede, eles fecham uma área com 700 metros quadrados e com esse equipamento, soltam descargas elétricas na água. Durante essas descargas, os peixes desmaiam, e são coletadas 500 unidades de 20 espécies diferentes.

? Eu coleto os peixes, chego ao laboratório, meço o comprimento total deles e peso. Daí eu abro, vejo o que tem dentro do conteúdo estomacal e vejo se é macho, fêmea, se ele já desovou se ele está desovando ou não. Daí depois com esses dados, eu vou pegar os dados do pessoal dos macroinvertebrados aquáticos que vão me dizer o que tem de alimentos disponíveis para os meus peixes com o que eles estão comendo aí. Eu vou conseguir ver se ele está realmente aproveitando o que tem no ambiente, se ele pega o que vem de fora, se o que tem uma qualidade boa ou não, se ele está conseguindo ser um peixe bem nutrido ou não ? explica Mariana.

O grupo que trabalha com o biólogo Gustavo Viegas, analisa a botânica, as plantas da mata ciliar.

? A ideia final assim é tentar criar um índice para esse tipo de ambiente para que a gente possa determinar a qualidade dele a partir da fauna que a gente encontra ? diz Viegas.

O trabalho dos estudantes de pós-graduação é feito em 16 pontos do rio. Em quatro semanas, as amostras serão encaminhadas aos laboratórios, para analisar as necessidades de cada região. Com o resultado, que deve sair em dois meses, o plano é adquirir mudas para recuperar a mata ciliar. Produtores rurais que têm suas propriedades junto às margens serão convidados a plantar as árvores. As plantas devem ser distribuídas gratuitamente.

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