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Projeto Educampo promove mudanças no gerenciamento de propriedades de Minas Gerais

Técnicos auxiliam os produtores com estratégias de gerência e tecnologia para a obtenção de mais produtividadeOs produtores rurais mineiros estão se adaptando a novas formas de gerenciar suas propriedades e lucrando com mais produtividade nos últimos 16 anos. A mudança veio a partir do projeto Educampo, do Sebrae, que oferece consultoria gerencial e tecnológica aos agricultores do Estado. No município de Patrocínio, no Alto Paranaíba, a renda das propriedades já aumentou 94% em um período de apenas cinco anos.

Os segmentos mais privilegiados são o do leite e do café, que representam a maioria das propriedades da região. É o caso do produtor Oscar Antonio da Silva, que teve os processos de manejo e planejamento da produção de leite completamente alterados. O Educampo promoveu mudanças práticas, como a divisão da vacada em dois lotes. O maior investimento foi de 40 mil reais na ordenhadeira, o que gerou mais qualidade no leite e redução na mão de obra.

– A primeira mudança na propriedade foi em relação aos bezerros. As bezerrinhas ficavam fechadas dentro do barracão no período em que tomavam leite, depois, passamos a separar e a criá-las individualmente. O custo aumentou um pouco, mas a ação é vantajosa porque permite um melhor crescimento para os animais – destacou o produtor.

Outra iniciativa do Educampo foi sugerir novas culturas para o produtor. Silva é dono de outro terreno, que antes era utilizado duas vezes por ano para a criação de gado. No desafio de traçar metas, ele passou a apostar também na produção de café.

Na região do Alto Paranaíba, o projeto envolve 238 propriedades, 98 de leite e 140 de café. O município de Patrocínio é o maior produtor de café do país dentro da maior bacia leiteira.  Os projetos estimularam a eficiência dos produtores dentro da realidade de cada um. Os conceitos mudaram e vários produtores trocaram de atividade.

– Produtores decidiram, com o auxílio dos técnicos, que a vocação deles não era para leite nem para café, por exemplo, e começaram a investir em outras atividades – afirma o presidente da Cooperativa Agropecuária de Patrocínio (Coopa), Renato Nunes dos Santos.

O dirigente destaca que o retorno é quase imediato quando o projeto é aceito pelo produtor, o que transforma prejuízo em lucro e fixa o homem no campo.

– O processo começou quando trouxemos o Educampo para dentro da cooperativa, subsidiando parte do custo junto ao produtor, que também paga uma pequena parte deste projeto. O Sebrae entra com a estruturação metodológica e a informatização do processo. O retorno do investimento foi que, à medida que o agricultor passou a conhecer a propriedade e ter uma melhor gestão, ele perenizou como produtor – explica Santos.

– Percebemos como éramos amadores na atividade. Na verdade, a gente brincava de cafeicultor. No momento que entramos com o Educampo, realmente encaramos como a propriedade como uma empresa – diz o cafeicultor Alex Mendes.

O coordenador do projeto do Sebrae Minas Gerais, Rogério Nunes Fernandes, avalia que nos 16 anos de Educampo, não houve grandes inovações, mas um choque de gestão aos produtores. A herança para o Estado se consolida em um rico banco de dados sobre custo de produção em diversas atividades.

– Isso vale para o café e para o leite, que são os dois segmentos com o maior número de propriedades. Também acompanhamos com a mesma metodologia a cana-de-açúcar e a fruticultura. Não tenho dúvidas de que o banco de dados de custo de produção de Minas Gerais é o maior do país – pontua.

O cafeicultor Mendes destaca o sucesso do empreendimento:

– Tínhamos uma taxa de retorno em uma faixa de 10%. Com o projeto, hoje estamos em 102%.

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