O ministério explica que 184 produtos não vão mais passar por vistoria nos portos e aeroportos. Grande parte dessas mercadorias são matérias-primas utilizadas na produção de defensivos agrícolas.
? Algumas matérias-primas que não oferecem riscos sanitários, fitossanitários e de qualidade deixam de sofrer uma inspeção física no ponto de ingresso, nos portos e aeroportos. A inspeção física, a fiscalização física do produto será feita no estabelecimento de destino ? explica o coordenador de Vigilância Agropecuária Internacional do ministério, Oscar Rosa Filho.
O coordenador afirma ainda que a medida deve evitar que as mercadorias fiquem por até 15 dias armazenadas, reduzindo os custos da importação.
? A gente vai estar viabilizando que esses produtos não fiquem mais retidos no processo de importação. Certamente, abaixando o custo de importação, a gente vai permitir que o setor privado abaixe os custos finais desses produtos ? completa.
Mas a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil acredita que apenas as indústrias sentirão a redução dos custos. Para a CNA, os preços dos defensivos não devem ter diminuição para o consumidor final: os produtores rurais.
Para a assessora técnica da CNA Rosemeire dos Santos só existe uma maneira de fazer os preços caírem.
? Nós teríamos que ter um aumento da oferta de produtos no mercado interno. Nós temos uma concentração muito grande que atuam no segmento. Você tendo, por exemplo, a disponibilidade de produtos genéricos, você traça uma franja competitiva no mercado interno, capaz de reduzir os preços aos produtores.