Projeto Phoenix está ajudando a recuperar produção de cacau no Sul da Bahia

Iniciativa diminuiu a incidência de vassoura de bruxa, mudou práticas nas lavouras e aumentou a produtividade em fazendas da regiãoProdutores de cacau do sul da Bahia estão otimistas com o aumento da produção. O Projeto Phoenix diminuiu a incidência de vassoura de bruxa e mudou práticas nas lavouras. A iniciativa traz a esperança de recuperação do setor e do país voltar a ser exportador da amêndoa. Com ela, a produtividade em 25 fazendas do sul do Estado aumentou e passou de nove para 40 arrobas por hectare, em média.

Durante quatro anos, o grupo de produtores participantes do projeto recebeu insumos, como fertilizantes e fungicidas, além de assistência técnica. A criação de viveiros com mudas geneticamente melhoradas e o aumento da quantidade de pés plantados são algumas das mudanças nas propriedades.

O Projeto Phoenix investiu R$ 2 milhões patrocinados pela Associação das Indústrias Processadoras de Cacau e pelo Ministério da Agricultura da Holanda. O país europeu tem interesse na lavoura porque é um dos maiores produtores de chocolate e quer garantir a oferta da matéria-prima.

O Brasil já foi o segundo maior produtor da amêndoa, mas hoje precisa importar o produto. Consequência da vassoura de bruxa, que destruiu as plantações. Desde a década de 1990, os produtores lutam contra a praga.

Os produtores ainda não conseguiram se recuperar dos prejuízos causados pela vassoura de bruxa. Mas o projeto Phoenix prova que recomeçar é possível.

Andando por uma propriedade é muito difícil encontrar a vassoura da bruxa. Isso porque em uma área bem cuidada as plantas ficam mais resistentes. Assim os pés de cacau não sofrem tanto com a presença do fungo. É praticamente impossível acabar com a vassoura de bruxa, mas pode se conviver com ela sem grandes perdas de produtividade.

Nos próximos quatro anos, as propriedades vão ser monitoradas. O mais importante é que conhecimento adquirido seja praticado e compartilhado pelos cacauicultores baianos.