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Projeto pune bancos que fizerem venda casada em empréstimos do Pronaf

Quem condicionar empréstimo à compra de produto bancário devolverá dinheiro com multa. Se recurso utilizado for do programa, multa será de 100%A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia apresentou um projeto de lei, o PL 6956/13, que proíbe as instituições financeiras que operam o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) de praticarem a chamada venda casada. O projeto reforça a proibição já existente no Código de Defesa do Consumidor e estabelece penalidades específicas para essa prática no caso de operações feitas com o Pronaf.

A proposta é o resultado do trabalho de uma subcomissão da Câmara dos Deputados que analisou a atuação dos bancos oficiais que executam o programa. Os deputados constataram que a prática de condicionar a concessão do crédito à contratação pelo cliente de qualquer serviço ou aquisição de produto é  corriqueira. Há casos em que os produtos bancários são pagos pelo agricultor com recursos do próprio Pronaf.

O presidente da subcomissão, deputado Anselmo de Jesus (PT-RO), diz que, em consequência dessa prática, o agricultor não consegue pagar o financiamento.

– O banco realmente cria uma situação que dificulta a ele pagar. Nós calculamos que ele [o banco] já fica, logo de início, com uma média de 15% a 20% desse dinheiro, que é para investimento na produção, e é o que dificulta a situação do trabalhador de pagar o financiamento no seu vencimento – aponta o deputado.

Devolução com multa

O projeto de lei prevê, quando for constatada a venda casada, a devolução ao beneficiário do Pronaf do montante utilizado para a aquisição do produto ou a contratação do serviço, acrescido de multa de 10% a 50% sobre o valor. Se ficar comprovado o uso de recursos do Pronaf nessa prática, o banco fica sujeito a multa de 100% sobre o valor utilizado, devendo ser abatido do saldo devedor do mutuário o valor correspondente ao dobro do montante utilizado indevidamente. O projeto de lei ainda será distribuído pelas comissões da Câmara.

Além da prática de venda combinada, a Subcomissão Permanente de Crédito e Endividamento Agrícola constatou outros problemas na execução do Pronaf. Dentre eles, a falta de pessoal técnico para fazer os projetos agrícolas exigidos para liberação dos financiamentos, poucas agências bancárias e reduzido número de funcionários, além de desinformação dos mutuários.

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