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Projeto reaproveita água de uso doméstico na agricultura familiar no sertão de Pernambuco

A iniciativa tenta proporcionar alimentação saudável para os moradores mesmo no período de seca, além da venda da produção excedente

Fonte: Divulgação/Fernanda Dias-Identidades Rurais

Uma iniciativa no sertão pernambucano pode beneficiar cerca de 800 produtores do município de Jucati que sofrem com a seca que castiga a região ano após ano. A tecnologia social Bioágua Familiar vai reaproveitar a água de uso doméstico para a irrigação de hortas orgânicas nos quintais das famílias.

O projeto “Jucati Sustentável: Bioágua, Agroecologia e Nutrição” surge da parceria entre a Associação de Voluntários para o Serviço Internacional – Brasil (AVSI) e a Fundação Banco do Brasil, com o investimento social de R$ 296 mil.

A iniciativa vai implantar 22 sistemas da Bioágua Familiar e tenta proporcionar alimentação saudável para os moradores mesmo no período de seca, além da venda da produção excedente, e permitir que a água utilizada nas casas deixe de ser descartada no solo, evitando a poluição ambiental e a proliferação de doenças.

Entre as ações previstas estão a execução de um diagnóstico da realidade local, a capacitação das famílias cadastradas, a assistência técnica para o uso da tecnologia, assessoria voltada à agroecologia, a mobilização de associações rurais e campanhas voltadas para a educação alimentar em 20 escolas.

Como funciona?

A água usada para lavar louças, roupas e para tomar banho é canalizada para um reservatório que contém minhocas, areia, brita e adubo orgânico. A camada de um metro do composto serve para filtrar as gorduras e impurezas do conteúdo armazenado. As minhocas têm o papel de ingerir e remover as gorduras presentes na água. Assim que a filtragem se completa, ocorre o bombeamento para as mangueiras que irrigam a plantação por gotejamento.

A tecnologia já foi implantada pela em cinco cidades do agreste pernambucano: Calçado, Jupi, Caetés, Lajedo e Garanhuns – em um total de 131 unidades familiares.

“O projeto ampliará uma experiência de sucesso, que, além de cuidar do meio ambiente, leva às famílias uma alimentação saudável e permite a geração de renda com a venda do excedente produzido”, comentou Gerôncio Luna, presidente da Fundação Banco do Brasil.

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