A maior empresa de laticínios do país apresenta um produto novo. É o primeiro iogurte com emissões zero de carbono. Todos os poluentes gerados na produção do leite, no transporte e na industrialização são compensados com projetos de créditos de carbono. Além disso, a cooperativa, que reúne oito mil produtores de leite, quer reduzir em 25% todas suas emissões até o ano de 2020.
O gerente de meio-ambiente da empresa diz que os revendedores estão sentindo uma demanda maior por produtos orgânicos e de baixo carbono nos últimos três anos. Ele acredita que adotar medidas para reduzir o impacto ambiental vai ser um diferencial competitivo no futuro.
Cerca de 85% das emissões de carbono na produção de laticínios desta cooperativa acontecem nas fazendas. Toda a operação das propriedades, manejo dos animais, transportes e trabalho nas lavouras geram o equivalente a quase nove milhões de toneladas de carbono. O maior desafio de reduzir o impacto ambiental está na captura do metano produzido pelo sistema digestivo e pelo estrume das vacas.
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Entenda o processo
O dono da fazenda conta que precisou escolher o sistema de coleta de dejetos. Normalmente ele usaria canaletas, para a flutuação do estrume. No entanto, a evaporação de gás metano é muito alta desta maneira. Por isso ele preferiu um piso vazado, onde uma esteira subterrânea retira o estrume várias vezes por dia.
O ciclo não termina aí. Todos os dejetos são levados para uma usina de biogás. Lá, os poluentes que antes iriam para a atmosfera são queimados e viram energia elétrica. Todo o estrume, já sem nenhum metano, volta os pastos, em forma de adubo. Um ciclo racional que reduz custos, protege o meio ambiente e agrada os consumidores.
