O mercado brasileiro de soja registrou uma terça-feira (9) de poucas negociações. A aquisição de lotes ocorre, mas de maneira pontual.
Mesmo com a leve alta na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) e no dólar, muitas praças e portos ficaram com preços negativos, na medida que o mercado se ajusta.
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O cenário é que há poucos produtos da antiga safra neste momento. Com isso, os preços se equalizam com a safra atual, diluindo o spread.
O âmbito comprador segue procurando acessar cotações mais baixas, enquanto os vendedores ofertam de maneira limitada.
Não há muita expectativa de exposição no mercado, tendo em vista o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta sexta-feira (12), às 14h.
Veja as cotações da saca de 60 kg
- Passo Fundo (RS): se manteve em R$ 132
- Região das Missões: baixou de R$ 128,50 para R$ 126,50
- Porto de Rio Grande: diminuiu de R$ 138 para R$ 136
- Cascavel (PR): decresceu de R$ 126 para R$ 125
- Porto de Paranaguá (PR): desvalorizou de R$ 136 para R$ 135
- Rondonópolis (MT): aumentou de R$ 124 para R$ 125
- Dourados (MS): baixou de R$ 120 para R$ 116
- Rio Verde (GO): recuou de R$ 120 para R$ 119
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais altos. O mercado buscou uma recuperação técnica, baseada na boa elevação dos preços do petróleo. Contudo, vendas especulativas limitaram a reação, em meio ao clima de melhora para as lavouras brasileiras.
Os agentes aguardam a divulgação de importantes números ao longo da semana. Amanhã (10), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai revisar a sua estimativa para a safra 2023/34, levando em conta os prejuízos com o clima seco.
Em dezembro, a entidade trabalhava com safra de 160,2 milhões de toneladas. Safras & Mercado revisou a sua estimativa recentemente e cortou a estimativa de 158,2 milhões para 151,36 milhões de toneladas. Os números iniciais da consultoria, divulgados em julho, apontavam uma safra superior a 160 milhões de toneladas.
Relatório do USDA
Na sexta (12), as atenções se voltam para o relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O Departamento deverá reduzir a sua estimativa para estoques finais e safra de soja em 2023/24 nos Estados Unidos.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques norte-americanos de 239 milhões de bushels em 2023/24. Em dezembro, a previsão ficou em 245 milhões de bushels.
Para a safra, a aposta é de um pequeno corte, passando de 4,129 bilhões para 4,123 bilhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2023/24 de 112,2 milhões de toneladas, contra 114,2 milhões de toneladas estimadas em dezembro.
Os estoques trimestrais norte-americanos de soja na posição 1° de dezembro deverão ficar abaixo do número indicado pelo USDA em igual período do ano anterior.
A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques trimestrais de 2,982 bilhões de bushels.
Em igual período do ano anterior, o número era de 3,021 bilhões de bushels. Em 1º de setembro, data do relatório anterior, os estoques estavam em 268 milhões de bushels.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 3,00 centavos ou 0,24% a US$ 12,48 1/2 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 12,58 3/4 por bushel, com ganho de 4,00 centavos ou 0,31%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 0,90 ou 0,24% a US$ 367,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 48,45 centavos de dólar, com alta de 0,64 centavo ou 1,33%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,79%, sendo negociado a R$ 4,9066 para venda e a R$ 4,9046 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8764 e a máxima de R$ 4,9090.