RETROSPECTIVA MENSAL

Alta do dólar não ajudou preço da soja em junho; veja resumo do mês

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro acumularam perda de 6,3% no período

Monte de soja em grão formando mapa do Brasil. Sobre ele, três notas de 50 reais. Ao redor, moedas de diversos valores
Foto: Daniel Popov/ Canal Rural

O mês de junho foi negativo para os preços e para a comercialização da soja nas principais regiões negociadoras do país. Apesar da boa alta do dólar, os contratos futuros caíram forte em Chicago e tiveram impacto prepoderante na composição das cotações internas.

Mesmo contabilizando os prejuízos causados pelo excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, o cenário fundamental global segue indicando folga na oferta e demanda.

Até o momento, mesmo com temperaturas elevadas e algumas inundações, o mercado de clima está pesando sobre Chicago e não há registro, por ora, de prejuízos consistentes em termos produtivos no cinturão produtor norte-americano.

Preços da soja no Brasil

No Brasil, a saca de 60 quilos recuou nas principais praças durante o mês de junho. Veja:

  • Passo Fundo (RS): passou de R$ 134,50 para R$ 133;
  • Cascavel (PR): baixou de R$ 132 para R$ 128,50
  • Rondonópolis (MT): estabilizou em R$ 125
  • Porto de Paranaguá: passou de R$ 140 para R$ 139

Perdas em Chicago ao longo do mês

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro acumularam perda de 6,3% em junho, sendo cotados na manhã da sexta (28), a US$ 11,10 por bushel. O bom desenvolvimento das lavouras dos Estados Unidos pesou sobre as cotações.

A queda interna nos referenciais da oleaginosa só não foi maior pelo fator câmbio. A moeda disparou em junho, acumulando alta de 5,5% e superando R$ 5,55 na manhã de sexta. Os temores de desajustes fiscais no governo brasileiro impulsionou a moeda norte-americana.

Perdas de soja no RS

A colheita de soja foi concluída no Rio Grande do Sul, segundo informações da Emater/RS-Ascar. No sul do estado, cerca de 10% da área foi abandonada, resultando em produtividade estimada de aproximadamente 1.500 kg/ha.

Após a conclusão dos trabalhos, os produtores buscam antecipadamente créditos de custeio para a safra 2024/25 com o objetivo de manter as condições do Proagro constantes no Plano Safra atual, já que está prevista uma redução na cobertura do seguro para o próximo período agrícola.

A área cultivada no estado está estimada em 6.681.716 hectares, e a média estadual de produtividade em 2.923 kg/ha (48,7 sacas).