O mercado brasileiro de soja apresentou desaceleração da comercialização nesta quarta-feira (8). Segundo a Safras Consultoria, Chicago corrigiu parte das fortes altas das sessões anteriores e os preços do mercado físico também registraram uma queda moderada.
Os produtores mostraram-se mais cautelosos, colocando menos lotes no mercado. Além disso, com a proximidade dos relatórios do USDA, o mercado como um todo permanece em um estado de cautela.
Preços da soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 131 para R$ 126
- Região das Missões: baixou de R$ 130 para R$ 125
- Porto de Rio Grande: seguiu em R$ 137
- Cascavel (PR): baixou de R$ 129 para R$ 128
- Porto de Paranaguá (PR): passou de R$ 137 para R$ 136
- Rondonópolis (MT): recuou de R$ 119 para R$ 118
- Dourados (MS): passou de R$ 121 para R$ 119
- Rio Verde (GO): foi de R$ 119 para R$ 118
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais baixos, com os operadores realizando lucros à espera do relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta (10).
O mercado se posiciona frente ao relatório, com sinalizações baixistas. O USDA deverá indicar safra e estoques finais dos Estados Unidos em 2024/25 acima da temporada anterior. Serão as primeiras projeções para a atual temporada.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 432 milhões de bushels em 2024/25. Para 2023/24, o mercado aposta em número de 341 milhões de bushels. Em abril, a previsão ficou em 340 milhões de bushels.
Para a produção, o mercado espera um número de 4,43 bilhões de bushels para 2024/25. O número do USDA para 2023/24 é de 4,165 bilhões de bushels.
Oferta e demanda
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 120 milhões de toneladas. Para 2023/24, a expectativa do mercado é de número de 112,4 milhões, contra 114,2 milhões estimados em abril.
Para a safra do Brasil em 2023/24, a aposta é de corte, passando dos atuais 155 milhões para 152,6 milhões de toneladas. A produção argentina deve ser reduzida de 50 milhões para 49,5 milhões de toneladas.
No radar do mercado, ainda estão dois pontos que sustentaram as cotações nesta semana: as inundações no Rio Grande do Sul, com prejuízos às lavouras, e a greve no dia 9 na Argentina, que deve paralisar o setor e prejudicar as exportações.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 18,75 centavos de dólar, ou 1,5%, a US$ 12,27 3/4 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 12,27 1/2 por bushel, com perda de 18,00 centavos ou 1,44%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 4,70 ou 1,22% a US$ 378,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 43,79 centavos de dólar, com baixa de 0,71 centavo ou 1,59%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,46%, sendo negociado a R$ 5,0907 para venda e a R$ 5,0887 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0764 e a máxima de R$ 5,1079.