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Cotações à moda antiga

Roberta Silveira, repórter da Expedição Soja Brasil

Quem acompanha o mercado de grãos sabe que as cotações podem mudar da noite para o dia. A divulgação de relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), notícia de seca no Brasil, anúncio de compras da China e outros fatores mexem com o preço de soja e milho.

Como a informação certa na hora certa pode fazer uma grande diferença, alguns meios são utilizados para que o agricultor possa ter o conhecimento necessário para tomar as melhores decisões na venda do produto. Alguns ligam para corretoras e consultores, outros acessam agências de notícias, muitos procuram saber por sites e assistem à televisão para acompanhar o vai e vem das cotações. Tudo isso, não é novidade.

Mas em Toledo, no oeste do Paraná, a tecnologia fica um pouco para trás quando o assunto é preço de mercadoria. Foi isso que eu descobri na visita ao Sindicato Rural do município. Logo na recepção, um quadro na parede chama a atenção.

Nele estão os preços do dia de diversos produtos, como soja, milho, aves, suínos e até a cotação do dólar. O tal quadro faz sucesso em Toledo. Motoristas passam na rua em frente espichando o pescoço pra ver se enxergam os valores escritos na tabela. A recepcionista até comentou: – tem gente que abre a porta, espia o preço e sai sem nem dizer bom dia.

A lição que fica para uma jornalista? Nem sempre é preciso tecnologia ou grande investimento para levar informação e atrair o interesse do público. Esta é a prova de que a simplicidade também pode dar conta do recado.

(Roberta Silveira/Canal Rural)
Sindicato Rural de Toledo mostra que um jeito simples de informar também surte efeito em quem precisa saber das cotações do dia (Roberta Silveira/Canal Rural)
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