Fernanda Farias, repórter da Expedição Soja Brasil
Estamos perto dos 50 mil km rodados nesta Expedição do Soja Brasil. Nos nove Estados por onde passamos, encontramos cobranças para melhoria das estradas. Em muitos casos, como já contei aqui, os próprios agricultores custeiam o asfalto, por exemplo.
No Tocantins, chamou a atenção o perigo que correm ao rodar pela ponte de Porto Nacional, interditada para veículos pesados, por questões de segurança. Pois em Mato Grosso, uma ponte de madeira construída pelo estado há sete anos cedeu enquanto um caminhão carregado de soja passava por ela. Felizmente, não houve feridos. A família do caminhoneiro atravessou a pé a ponte – justamente porque temia um acidente.
Agora, os caminhões carregados com a produção de 50 mil hectares de soja do município de Novo São Joaquim precisam rodar 50 km a mais em estrada de terra porque a estrutura caiu. Fizemos esse percurso para acessar a BR-070 em direção à Primavera do Leste – o desgaste é inegável.
Outra opção seria atravessar o rio das Mortes por uma balsa particular que também está sem manutenção e representa um risco para veículos mais pesados. Ou seja, o produtor fica, muitas vezes, sem alternativa para transportar a sua carga, além de pagar mais caro e demorar mais tempo para realizar o mesmo trabalho.