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Sebastião Garcia
As fazendas que visitamos no Piauí dão a ideia da grandeza deste estado. Passamos em duas. Uma com mais de 30 mil hectares. Isso mesmo, 30 mil hectares! A outra, 19 mil. Imagine, com produtividade de mais de 60 sacas por hectare, o quanto representa a produção que sai destas fazendas para o Produto Interno Bruto (PIB) da região. As fazendas produzem bem, investem em tecnologia, geram emprego, renda e, curiosamente, convivem com uma contradição: a falta de infraestrutura das porteiras para fora. Pra chegar em uma destas propriedades passamos pela Transcerrado, uma rodovia importante para o escoamento da safra. Rodamos por um trecho de 55 quilômetros. E olhe só, levamos 2 horas para fazer este percurso, tamanha a quantidade de buracos e lama. Dá pra imaginar como vai ser no período de colheita? Quanto tempo vai levar uma carreta com soja para passar por ali? A Transcerrado tem 340 quilômetros, mas só 74 estão asfaltados.

A conclusão da rodovia é uma reivindicação antiga dos produtores rurais. A situação em que ela está hoje é um problemão para o setor agrícola do estado. E pesa no bolso de quem planta. O custo chega a impactar em 20% nos resultados para alguns produtores. Conversamos com o governador do estado do Piauí, Wellington Dias, sobre o problema também. Ele disse que boa parte da estrada já foi licitada, e logo que passar o período de chuvas na região, as obras serão feitas. Tomara! A safra não espera, não é! Bom, mas ainda assim a gente pode dizer que Piauí não perde sua grandeza, não. Graças, é claro, ao trabalho feito dentro das porteiras.

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