Sebastião Garcia, de Diamantino (MT)
Eu sabia que iria contar muita história na caravana do Projeto Soja Brasil. Histórias de produtores rurais, de empresários, de gente de garra, desbravadores deste Brasil afora. Mas não sabia que ia me deparar com a história do Brasil pelo caminho.
Em Diamantino, há 180 km de Cuiabá, se vê nas ruas traços do Brasil colônia. A arquitetura das casas, a igrejinha do século XVIII. E basta conversar com qualquer morador aqui pra entender o orgulho que os moradores têm dessa cidade. Diamantino foi fundada em 1728. Tinha garimpo aqui. Muita gente veio pra cá anos atrás a procura de ouro, no período rico do Brasil. Depois a cidade viveu o ciclo do diamante, olha só! Por isso o nome do lugar.
E aí, a partir da década de 70, com a descoberta destas terras pelos visionários produtores rurais do sul do país, Diamantino começou a viver outro ciclo. Tão, ou até mais rico talvez, que os outros: o da soja. O grão é o ouro de hoje. As lavouras ocupam uma área de 400 mil hectares no município, segundo o presidente do sindicato rural daqui. José Francisco Cazzela me deu uma entrevista nesta sexta feira no programa Mercado & Cia, animado com a próxima safra.
Se chover bem, o clima ajudar, os produtores desta região devem produzir mais de dois milhões de sacas de soja na próxima safra, disse ele. Já pensou? Saio daqui com a certeza de que Diamantino não é só histórica. É promissora também. E que com a soja, esta bela cidade mato-grossense já tá escrevendo uma outra e nova grande história.