Sebastião Garcia
A Caravana do Projeto Soja Brasil saiu na sexta-feira de Nova Mutum na região Médio norte de MT rumo a Querência, no nordeste do estado. 1.200 quilômetros de estrada peja frente. Nós fomos na carona. Eu e o cinegrafista Pedro Silvestre saímos um dia depois.
Sábado pela manhã pegamos a estrada. No caminho tráfego intenso de caminhões e carretas, provavelmente carregadas de milho. Ou de insumos, quem sabe até sementes da nova safra de soja. Um movimento que exigiu de nós muita calma, prudência e paciência. Ultrapassar era um desafio. O vencemos. 700 quilômetros depois uma compensação. Presente da natureza aos nossos olhos. Chegamos à bela Chapada dos Guimarães. Bela pelos paredões de rochas e pelo ar de cidadezinha do interior com cara de Campos do Jordão.
Chapada respira turismo, lojas de souvenires, restaurantes e resolvemos almoçar por ali. Pegamos a estrada e mais umas cinco horas depois estaríamos em Barra do Garças, na divisa de Goiás. Chama atenção o tráfego, bem pelo centro da cidade, de carretas e caminhões. Talvez os mesmos do início da nossa viagem na BR163. Dormimos em Barra do Garças. Pela manhã, a única certeza era que teríamos mais 400 e poucos quilômetros pela frente até chegar em Querência.
Ao final foram mais de 1200. Querência é uma cidade de 30 anos. Bem planejada, ruas largas, boas casas. Terra de gente que venceu aqui criando gado e plantando soja. A economia já veio da madeira também, mas o ciclo agora é do grão. O nome da cidade já indica a origem dos moradores. Querência é um termo que indica casa, moradia, estância, e é muito comum no RS, de onde vieram os fundadores da cidade em meados dos anos 80. E em casa nos sentiremos nós pelos próximos dois dias. Depois de rodar muito, “bora” dormir, porque amanhã tem muito trabalho.