Fernanda Farias, repórter da Expedição Soja Brasil
Percorrer o interior do Nordeste do país, mesmo que seja trabalhando, permite conhecer um pouco as peculiaridades do dia a dia do povo da região. No Maranhão, por exemplo, o refrigerante mais popular é cor de rosa e se chama Jesus (pro meu gosto, é horrível, parece remédio!). No Tocantins, é comum o café da manhã incluir caldo verde, picadinho de carne e até feijão.
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Chama atenção o valor que se dá às frutas típicas da região, que pudemos experimentar algumas vezes. Provamos picolés de diferentes sabores, mas para o nosso paladar os de mangaba, buriti e siriguela foram reprovados – são azedos demais. Outro dia, a tentativa foi o suco de cupuaçu – o copo ficou pela metade, pelo mesmo motivo. A conclusão que chego é que os sucos daqui são puríssimos, com todo o sabor da fruta, coisa que quem vive no outro extremo do país não tem muitas chances de aproveitar.
Na Embrapa de Balsas, no Maranhão, provamos o suco de tamarindo. Amargo demais no primeiro gole. E no segundo também. Para adoçar a nossa tarde, a dona Maria, responsável pela copa, ofereceu duas opções: bacuri ou caju. Fomos de caju colhido dos cajuzeiros do pátio da Embrapa mesmo. Ela escolheu um tipo da fruta mais amargo, mas que ficaria uma delícia no suco. E realmente, foi o melhor suco de caju que já bebi! A vontade era levar pra casa uma boa porção da fruta. Aliás, quem levou na bagagem a sua bebida favorita foi o cinegrafista Robinho: um fardo de guaraná Jesus. Então tá.
