Roberta Silveira, repórter da Expedição Soja Brasil
Vilmo Antonio Matté tem 77 anos. Vilmo Antonio Matté Filho tem 50. Além do nome, eles também compartilham o amor pelo campo. Nosso encontro foi no município de Xaxim, no oeste catarinense. Ambos nos receberam na propriedade de 95 hectares. Há 40 anos eles cultivam na mesma área.
O filho via o pai no campo e não queria nem saber de escola. Só gostava de passar o dia na lavoura por mais que o pai incentivasse os estudos. A lida na terra, que já era a paixão do pai, também se tornou a paixão do filho.
– É a vocação dele, mas fui eu que comecei, que sempre gostei da lavoura. Já passamos muita dificuldade juntos, problemas com estiagem e com preços baixos – conta o pai orgulhoso.
O filho diz que não lembra qual foi a última vez que eles se desentenderam. O pai continua dando sugestões e conselhos, ajudando como pode.
– Hoje, ele é mais meu amigo que meu pai – fala o filho com gratidão no olhar.
Nós é que somos gratos por encontrar pessoas simples e batalhadoras como estes dois sojicultores de Santa Catarina. O amor pelo trabalho e que um sente pelo outro é uma injeção de ânimo para que a gente sempre possa acreditar que a união é a força capaz de nos mover na direção certa.