O Brasil já vendeu praticamente toda a soja que colheu da safra 2019/2020. Até por isso, a projeção é que 2020 feche com exportações na casa dos 82 milhões de toneladas, abaixo das 83,2 milhões de toneladas de 2018. Mas, em 2021, a tendência é que esta marca seja quebrada e um novo recorde seja registrado, afirma a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Segundo a entidade, o país podem embarcar em 2021 um total de 83,5 milhões de toneladas de soja para o exterior, pouco mais do que a marca de 2018.
Isso só será possível graças a projeção de uma safra de soja na casa dos 132,6 milhões de toneladas em 2020/2021, número recém estimado pela Abiove agora em novembro. Em outubro, a expectativa era de uma produção de 131,7 milhões de toneladas.
A entidade acredita que o consumo interno da oleaginosa no Brasil irá aumentar e chegar a 45,8 milhões de toneladas em 2021, impulsionado pelo avanço da produção de biodiesel no país. Isso significará um novo recorde na quantidade de soja processada internamente, o anterior era de 2020, que deve chegar a 44,6 milhões de toneladas.
Um fator que não ajuda as exportações aumentarem ainda mais é a falta de estoque do grão. Segundo a entidade, a tendência é que 2020 feche com o menor patamar da história de estoque de soja, na casa das 319 mil toneladas do grão, apenas.
É claro que, se o consumo interno e as exportações tendem a aumentar mais do que a produção em 2021, a tendência, segundo a Abiove, é que o próximo ano feche com um estoque ainda menor, na casa de 219 mil toneladas.