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Cidades do Sul têm rajadas de vento; confira a previsão para a soja

Entre os desafios climáticos, o calor intenso afeta o Brasil Central, enquanto chuvas concentradas em Mato Grosso e no sul de MS dificultam os trabalhos com a soja

Foto de uma janela com pingos de chuva
Foto: Freepik

De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita da soja no Brasil já atingiu 2,5%, apesar de um atraso no início das atividades. Mato Grosso tem avançado rapidamente e se destaca na liderança da colheita entre os estados. A previsão é que o clima continue colaborando, com boas perspectivas de crescimento da produtividade nas próximas semanas.

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Em Mato Grosso, quase metade das lavouras já foram colhidas, e outros estados como Paraná, Tocantins e Piauí também estão avançando. No entanto, o Rio Grande do Sul ainda enfrenta dificuldades devido às altas temperaturas que afetam as lavouras em enchimento de grãos. Por lá, a colheita ainda não começou, pois as atividades no estado têm início mais tardio. A tendência é que o clima continue favorecendo as colheitas no restante do Brasil, mas as áreas mais afetadas por atraso, como Mato Grosso e São Paulo, ainda enfrentam uma defasagem de 14% a 16%, com expectativa de melhora nos próximos dias.

Desafios na lavoura de soja

Entre os desafios climáticos, o calor intenso tem afetado principalmente o Brasil Central, com chuvas mais concentradas em Mato Grosso, que ainda enfrentará dificuldades devido à porção oeste do estado e sul de Mato Grosso do Sul, que poderão acumular mais de 80 mm de chuva em apenas 5 dias.

Apesar disso, as chuvas previstas para os dias de 24 a 28 de fevereiro devem beneficiar as regiões de Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia, proporcionando uma melhora nas condições para os trabalhos no campo. No Rio Grande do Sul, a chuva também deve retornar, com possibilidade de impacto no estresse hídrico das lavouras no final de fevereiro.

No contexto de eventos climáticos extremos, Artur Miller comentou sobre o caso do produtor Everaldo, do Paraná, que registrou uma chuva acompanhada de ventos fortes, com destelhamento de um galpão. Esse fenômeno é típico de sistemas como frentes frias e cavados, que geram o que se chama de “microexplosões” ou Downbursts, capazes de causar danos intensos em áreas pequenas. A previsão para o Paraná indica mais temporais e rajadas de vento nos próximos dias, com melhora do tempo prevista para o início de março.

No Mato Grosso do Sul, as chuvas nos próximos dias não devem ser muito volumosas, mas a tendência é que chova de forma mais intensa em março, com precipitações que podem somar 100 mm em 5 dias. O mesmo vale para o sul do país, que verá chuvas regulares nos próximos meses, especialmente no norte do Paraná, onde o clima deverá continuar favorável para as lavouras. A previsão para Minas Gerais também indica chuva a partir de março, com volume de 60 mm em 2 a 3 dias, revertendo o quadro de déficit hídrico da região.