A recente pressão nos preços das commodities no mercado futuro, especialmente a soja, está relacionada ao desenvolvimento positivo da safra norte-americana de verão.
Chuvas constantes têm melhorado a condição hídrica do solo. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a semeadura da oleaginosa ocupa, até a última segunda-feira (15), 49% da área, acima da média dos últimos anos para o período, que é de 36%.
Segundo o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller, o cinturão de grãos norte-americano, que corresponde por 45% da produção daquele país, está sendo parcialmente afetado com a estiagem neste momento.
No entanto, para os próximos três meses, durante o desenvolvimento da soja e do milho, a projeção é de chuva acima da média, principalmente nos três maiores produtores (Iowa, Nebraska e Illinois).
Além da chuva, que garante mais umidade no solo, no curto e médio prazos também há estimativa de temperaturas acima da média em parte dos Estados Unidos, abrangendo os estados produtores de grãos. “Vai ter calor, vai ter umidade e isso vai ajudar no desenvolvimento das culturas”.
Assim, Müller destaca que as condições meteorológicas norte-americanas contribuem para que a safra daquele país seja superior à temporada passada. Com isso, o mercado entende que haverá excesso de oferta de soja e, assim, derruba os preços dos contratos futuros da oleaginosa.