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Clima já impacta produtividade da soja em até 17% na safra 23/24

Projeções climáticas mostram que o município de Catalão, no sudeste de Goiás, foi o mais prejudicado até o momento

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Foto: Romilson D'Avila

A safra brasileira 2023/24 de soja deve sofrer quebras expressivas por conta da irregularidade na distribuição de chuva.

Estimativas do Sistema de Suporte à Decisão na Agropecuária (Sisdagro) do Inmet já mostram perdas da ordem de 4% a 5% nas simulações de produtividade que consideram como fonte o balanço hídrico.

Assim, considerando um solo de textura média e uma soja com 120 dias de ciclo, com emergência no dia 10 de outubro, a perda estimada já é de 13%. Se o plantio no dia 1º de outubro for considerado, esse valor salta para 17,38% na cidade de Catalão, sudeste de Goiás.

Restrição hídrica em Mato Grosso

Em algumas regiões de Mato Grosso, maior produtor nacional de soja, a situação é crítica: várias cidades registraram volumes muito reduzidos de precipitação desde o início da safra, e os sinais da deficiência hídrica já são perceptíveis.

“Em Nova Ubiritã (MT), por exemplo, o total acumulado desde o dia 15 de setembro é de apenas 244,8mm segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia. Se consideramos somente a precipitação ocorrida em novembro, esse valor cai para 86mm”, aponta o diretor da ignitia Inteligência Climática, João Rodrigo de Castro.

Este mesmo cenário de chuvas irregulares é observado em outras regiões do Brasil, com impacto importante em várias culturas, incluindo especialmente soja.

Os dados de Catalão são ainda piores: desde o dia 15 de setembro, choveu apenas 133mm. Se apenas as chuvas mais recentes forem consideradas, ou seja, as ocorridas no mês de novembro, esse total é de apenas 29,6mm.

Clima nos próximos dias

Segundo levantamento da ignitia Inteligência Climática, nos próximos dias deve haver a organização de áreas de instabilidade, associadas a um ciclone atuando no Oceano Atlântico. Esse fenômeno deve provocar chuva em várias regiões, incluindo o Centro-Oeste e o Sudeste do país.

Os maiores volumes devem ficar concentrados em Mato Grosso do Sul, podendo alcançar os 100mm na região de Dourados.

As instabilidades também devem atingir áreas de Minas Gerais, como o Triângulo Mineiro, onde são esperados volumes que podem variar de 30mm até 70mm como é o caso de Itapegipe, na divisa com o estado de São Paulo.

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