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5º PROGRAMA SOJA BRASIL

Como as eleições na Argentina afetam o mercado de soja no Brasil

Resultado pela disputa da cadeira presidencial do país vizinho pode ditar os rumos da relação de exportação e importação com o Brasil

A Argentina é a tradicional líder mundial em produção e exportação de farelo de soja. Contudo, por conta da estiagem severa sofrida na safra 2022/23, perdeu esse posto para o Brasil. A quebra de safra foi tamanha que o país precisou exportar o grão para poder processá-lo.

Às vésperas da eleição presidencial, o mercado se pergunta de que forma as decisões do vencedor das urnas afetará o comércio entre ambos. Para trazer luz a esse assunto, o quinto episódio do Programa Soja Brasil conversou com a engenheira agrônoma especialista em Mercado, Paulina Lescano, e o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari.

De acordo com ela, a Argentina comprou nove milhões de toneladas de soja, sendo 40% do Brasil. “Considero que estamos com necessidade de importar mais volume. No curto prazo, é provável que as fábricas fechem ou reduzam atividade por falta de, justamente, soja”.

Paulina afirma que praticamente não existe mais o grão na Argentina. “Estamos falando de cerca de três milhões de toneladas da campanha 22/23. É pouco provável que os produtores vendam esse volume até que vejamos como segue o clima e como fica essa safra [23/24]”.

Já Molinari lembra que a safra de soja argentina chegará ao mercado apenas em meados de abril do ano que vem. Com isso, as indústrias moageiras só terão a matéria-prima para trabalhar em maio. “Então o Brasil continuará se beneficiando desse mercado de farelo pelo menos até o começo de abril porque, a partir daí, a Argentina vem com uma safra renovada”.

Eleições argentinas e câmbio

Foto: Envato

O tipo de câmbio vigente na Argentina após a posse do novo governo, cujas eleições serão realizadas no próximo domingo (19), é o que mais pode mexer com o mercado agrícola, conforme avaliação de Paulina.

“Uma nova avaliação nesse tema pode incentivar os produtores a venderem o pouco de soja e de milho que possuem. Há também expectativas de que para a nova safra haja uma unificação do tipo de câmbio. Temos cerca de 15 tipos de câmbios diferentes. A economia em geral está esperando que haja um único tipo de câmbio que seja acima dos valores que temos hoje”.

Além disso, segundo ela, muitos esperam que o novo governo baixe os direitos de exportações e que isso possa gerar, também, melhor nível de vendas e exportação.

Molinari, da Safras & Mercado, por sua vez, acredita que independentemente do governante que vença as eleições, a Argentina precisará aumentar o volume de exportações para fazer caixa e recompor a sua estrutura de balança de pagamentos.

Assista a íntegra do Programa Soja Brasil no vídeo acima. Neste episódio, os custos de produção, as condições climáticas e o avanço do plantio da safra também foram destaque.

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