A produção brasileira de soja deverá totalizar 153,63 milhões de toneladas na temporada 2022/23, aumento de 22,4% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 125,55 milhões de toneladas. A projeção faz parte do 7º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (13).
No mês passado, a entidade apontava safra de 151,42 milhões de toneladas. Além disso, trabalha com uma área de 43,56 milhões de hectares, elevação de 5% sobre o ano anterior, quando foram cultivados 41,49 milhões de hectares.
Quanto à produtividade, está estimada em 3.527 quilos por hectare (58,7 sacas). Em 2021/22, o rendimento ficou em 3.026 quilos por hectare (50,4 sacas), número abaixo da média dos últimos anos por conta da forte estiagem que atingiu os estados do Sul e Mato Grosso do Sul.
Exportação de soja
No atual levantamento, a Companhia ajustou as estimativas de exportação de soja da safra 2022/23, com expectativa de atingir um volume de 94,35 milhões de toneladas. A estatal também alterou as projeções de consumo interno para o óleo de soja, que passam de 9,15 milhões de toneladas para 8,29 milhões de toneladas.
A redução é explicada pela menor demanda doméstica após a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de aumento, a partir de maio, do percentual de biodiesel ao diesel de 10% para 12%, e não em 15% como utilizado nas estimativas anteriores. Com a queda, as expectativas para a exportação de óleo subiram para 2,6 milhões de toneladas.
A alta é motivada pela maior venda do produto para o mercado externo no primeiro trimestre de 2023, com elevação de 42,74% quando comparado com o mesmo período do ano passado. Este aumento é motivado pela quebra da safra da oleaginosa na Argentina. A menor colheita pelos agricultores do país vizinho também deve influenciar nos embarques de farelo de soja para o mercado externo, podendo chegar a 20,74 milhões de toneladas.