O movimento no mercado brasileiro de soja foi considerado bom nesta terça-feira (3). Os preços, nas principais praças de comercialização do país, apresentaram alta. Em outras, houve estabilidade.
A Bolsa de Chicago e o dólar contribuíram para a valorização. Os principais negócios foram registrados para a safra 2024/25
Veja os preços no Brasil
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 132 para R$ 133
- Região das Missões: avançou de R$ 131 para R$ 132
- Porto de Rio Grande: aumentou de R$ 139 para R$ 140
- Cascavel (PR): valorizou de R$ 133 para R$ 134
- Porto de Paranaguá (PR): cresceu de R$ 138 para R$ 141
- Rondonópolis (MT): subiu de R$ 131 para R$ 132
- Dourados (MS): foi de R$ 129 para R$ 130
- Rio Verde (GO): avançou de R$ 130 para R$ 131
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira em alta, mas abaixo das máximas do dia.
Após o feriado, o mercado retomou as operações subindo por compras de barganha e recuperação técnica.
O movimento foi impulsionado por dois fatores. Há certa preocupação com o clima seco no final do desenvolvimento das lavouras norte-americanas. E os agentes começam também a demonstrar receio com a falta de chuvas para o início do plantio no Brasil.
Outro ponto que ajudou na alta foi o sinal de demanda pela soja americana. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou a venda de 132 mil toneladas do grão para a China por parte dos exportadores privados norte-americanos.
Inspeções norte-americanas
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 496.860 toneladas na semana encerrada no dia 29 de agosto, conforme o USDA. Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 419.563 toneladas.
Os agentes acompanham de perto os reflexos da informação de que a China estaria impondo uma investigação anti dumping sobre as importações da canola do Canadá.
Para o óleo o impacto foi direto, seguindo as perdas do óleo de canola no mercado canadense. Há também o temos que esse óleo do Canadá ingresse no mercado americano, aumentando a oferta e pressionando as cotações internas.
Já para o grão, os agentes avaliam que há a possibilidade de deslocamento da demanda chinesa, que deixaria de comprar no Canadá e procuraria outras origens, incluindo o grão norte-americano.
A recuperação foi limitada pela queda do petróleo no mercado internacional e pela valorização do dólar frente a outras moedas.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 12,00 centavos de dólar, ou 1,2%, a US$ 10,12 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,29 1/2 por bushel, com ganho de 12,50 centavos ou 1,22%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 7,80 ou 2,49% a US$ 320,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 40,98 centavos de dólar, com baixa de 1,03 centavo ou 2,45%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,49%, sendo negociado a R$ 5,6433 para venda e a R$ 5,6413 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5766 e a máxima de R$ 5,6526.