A atividade do mercado brasileiro de soja foi baixa nesta quinta-feira (9). Os preços apresentaram alguma volatilidade, mas ficaram de estáveis a mais baixos, predominantemente.
Segundo a Safras Consultoria, embora o dólar tenha apresentado uma alta significativa, a queda em Chicago acabou compensando essa tendência no movimento dos preços.
Observou-se diversas disparidades entre as intenções de compra e venda, o que levou os produtores a adotarem uma postura mais cautelosa durante o dia.
Veja os preços no Brasil
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 126 para R$ 125
- Região das Missões: baixou de R$ 125 para R$ 124
- Porto de Rio Grande: diminuiu de R$ 137 para R$ 135
- Cascavel (PR): baixou de R$ 128 para R$ 127
- Porto de Paranaguá (PR): passou de R$ 136 para R$ 134
- Rondonópolis (MT): se manteve em R$ 118
- Dourados (MS): seguiu em R$ 119
- Rio Verde (GO): foi de R$ 118 para R$ 117
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos.
A queda foi determinada pelo sentimento de que o relatório desta sexta-feira (10) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) seja baixista. Os agentes optaram
por realizar os lucros obtidos recentemente.
O USDA deverá indicar safra e estoques finais dos Estados Unidos em 2024/25 acima da temporada anterior. Serão as primeiras projeções para a atual temporada.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 432 milhões de bushels em 2024/25. Para 2023/24, o mercado aposta em número de 341 milhões de bushels. Em abril, a previsão ficou em 340 milhões de bushels.
Para a produção, o mercado espera um número de 4,43 bilhões de bushels para 2024/25. O número do USDA para 2023/24 é de 4,165 bilhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 120 milhões de toneladas. Para 2023/24, a expectativa do mercado é de número de 112,4 milhões, contra 114,2 milhões estimados em abril.
Safra brasileira
Para a safra do Brasil em 2023/24, a aposta é de corte, passando dos atuais 155 milhões para 152,6 milhões de toneladas. A produção argentina deve ser reduzida de 50 milhões para 49,5
milhões de toneladas.
No radar do mercado, ainda estão dois pontos que sustentaram as cotações nesta semana: as inundações no Rio Grande do Sul, com prejuízos às lavouras, e a greve geral na Argentina, que deve paralisar o setor e prejudicar as exportações.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 19,25 centavos de dólar, ou 1,56%, a US$ 12,08 1/2 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 12,10 1/4 por bushel, com ganho de 17,25 centavos ou 1,4%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 5,60 ou 1,47% a US$ 372,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 42,64 centavos de dólar, com baixa de 1,15 centavo ou 2,62%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,03%, sendo negociado a R$ 5,1432 para venda e a R$ 5,1412 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1364 e a máxima de R$ 5,1767.