O mercado brasileiro de soja teve um dia de poucos negócios. Os preços apresentaram recuperação, mas isso foi reflexo da elevação desta quinta-feira (12) na Bolsa de Chicago.
Já nesta sexta (13), apesar da retração na Bolsa de Chicago, o dólar em alta favoreceu a valorização doméstica. Segundo analistas de Safras & Mercado, os negócios na semana ficaram entre 200 mil e
300 mil toneladas.
Veja as cotações da saca de 60kg
- Passo Fundo (RS): seguiu em R$ 142
- Região das Missões: estabilizou em R$ 140
- Porto de Rio Grande: avançou de R$ 151 para R$ 152
- Cascavel (PR): valorizou de R$ 130 para R$ 133
- Porto de Paranaguá (PR): cresceu de R$ 140 para R$ 143
- Rondonópolis (MT): aumentou de R$ 124 para R$ 125
- Dourados (MS): passou R$ 124 para R$ 125
- Rio Verde (GO): foi de R$ 120 para R$ 121
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais baixos. Apesar de sinais positivos de demanda, o dia foi de correção técnica após os ganhos de quinta, provocados pelo relatório de outubro do USDA.
A aversão ao risco no financeiro global e o cenário fundamental positivo determinaram a baixa, reduzindo os ganhos acumulados na semana.
O relatório de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,104 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 111,7 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 49,6 bushels por acre (55,5 sacas).
O número ficou abaixo da previsão do mercado, que era de 4,132 bilhões de bushels, ou 112,45 milhões de toneladas. No relatório anterior, a previsão era de 4,146 bilhões ou 112,83 milhões de toneladas.
Estoques finais
Os estoques finais estão projetados em 220 milhões de bushels ou 5,99 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 236 milhões ou 6,42 milhões de toneladas. Não houve alteração na comparação com setembro.
O USDA elevou a estimativa para o esmagamento de 2,29 bilhões para 2,3 bilhões de bushels. A exportação teve sua estimativa reduzida de 1,79 bilhão para 1,755 bilhão de bushels.
O USDA projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 399,5 milhões de toneladas. Em setembro, a previsão era de 401,33 milhões. Os estoques finais estão foram reduzidos de 119,25 milhões para 115,62 milhões de toneladas. O mercado esperava um número de 119,6 milhões de toneladas.
A projeção do USDA aposta em safra americana de 111,7 milhões de toneladas. A safra brasileira foi projetada em 163 milhões de toneladas.
Para a Argentina, a previsão é de produção de 48 milhões de toneladas. Não houve alterações nas estimativas. A China deverá importar 100 milhões de toneladas, também inalterada.
Os estoques globais em 2022/23 estão estimados em 101,89 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em 103,3 milhões de toneladas.
Os exportadores privados americanos anunciaram a venda de 117,3 mil toneladas de soja para destinos não revelados e outras 100 mil toneladas de farelo.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2023/24, com início em 1º de setembro, ficaram em 1.056.800 toneladas na semana encerrada em 5 de outubro. Analistas esperavam exportações entre 650 mil e 1 milhão de toneladas.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 9,75 centavos ou 0,75% a US$ 12,80 1/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 13,00 por bushel, perda de 8,75 centavos de dólar, ou 0,66%, na comparação com o dia anterior.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com perda de US$ 2,90 ou 0,73% a US$ 390,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 54,38 centavos de dólar, com alta de 1,01 centavo ou 1,89%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,74%, sendo negociado a R$ 5,0880 para venda e a R$ 5,0860 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,042 e a máxima de R$ 5,10,25. Na semana, a desvalorização ficou em 1,42%.