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Os desafios na colheita de soja em MT

Adversidades climáticas e logísticas afetam os trabalhos com a soja em Mato Grosso, pressionam os produtores e comprometem a rentabilidade da safra

colheita, soja
Foto: Cely Trevisan/ Prefeitura de Gaúcha do Norte-MT

A safra de soja 2024/2025 em Mato Grosso tem sido marcada por dificuldades, colocando pressão sobre os produtores do estado. O atraso no plantio, causado pela demora nas chuvas, foi apenas o início de uma série de desafios climáticos e logísticos que prejudicaram a colheita e o escoamento da produção.

Chuvas intensas durante o período de colheita só afetaram a qualidade dos grãos, mas também dificultaram o andamento dos trabalhos no campo, impactando diretamente os custos e a rentabilidade dos produtores.

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O impacto do clima

O clima tem sido um dos principais responsáveis pelos atrasos na colheita. De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), até 20 de fevereiro de 2025, Mato Grosso havia colhido 50,08% da safra de soja, uma queda significativa em relação a 2024, quando 65,07% já havia sido colhido na mesma data.

Mesmo com a diminuição das chuvas na primeira semana de março, os problemas climáticos continuaram a afetar a qualidade dos grãos e o andamento da colheita. Até o dia 7 de março de 2025, 91,84% da área plantada havia sido colhida, mas os problemas logísticos e de armazenagem continuam a gerar pressão sobre os produtores.

Infraestrutura

A falta de infraestrutura tem sido outro grande obstáculo para os produtores, especialmente na região leste do estado. Os caminhões enfrentam filas de até três dias para descarregar, o que aumenta os custos operacionais e impacta diretamente o produtor. A infraestrutura rodoviária, que ainda possui muitos trechos não pavimentados, também dificulta o escoamento da produção, gerando mais custos e atrasos.

Desafios

Segundo a Aprosoja MT, a situação varia conforme a região do estado. Na região norte, há relatos de que as chuvas intensas em janeiro afetaram a qualidade dos primeiros grãos de soja colhidos. Além disso, a falta de armazéns e a demora no processo de descarregamento também complicaram o cenário.

No oeste do estado, observou-se que a qualidade dos grãos foi comprometida pelas chuvas prolongadas, que também agravaram a pressão sobre os armazéns. A falta de estrutura para lidar com o volume de produção e com grãos úmidos resultou em perdas nas lavouras e mais dificuldades no processo de secagem e armazenamento.

Já na região leste, as chuvas excessivas afetaram tanto as lavouras quanto a cidade, causando até enchentes que dificultaram o escoamento. O município não tem estrutura para atender à demanda de transporte. Tivemos vários pontos de atoleiro que dificultaram o transporte da safra.

Escoamento e exportações

A falta de armazenagem e os problemas logísticos também impactaram as exportações. De janeiro a fevereiro de 2025, as exportações brasileiras de soja totalizaram 7,5 milhões de toneladas, uma queda de 20,77% em relação ao ano anterior. Em Mato Grosso, as exportações caíram 24,43%, somando 2,65 milhões de toneladas no mesmo período.

Esse cenário, marcado por custos elevados e diminuição da rentabilidade, reforça a necessidade de investimentos urgentes em infraestrutura e na ampliação da capacidade de armazenagem, essenciais para garantir a eficiência na logística e o escoamento da produção.

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