Formado em odontologia, José Eduardo da Fonseca Sismeiro encontrou sua verdadeira vocação no campo. Hoje, ele é produtor de soja e atua em três municípios do Paraná: Goioerê, Juranda e Manoel Ribas, onde cultiva com responsabilidade e visão de longo prazo.
Em conversa com o Soja Brasil, o sojicultor compartilhou sua trajetória no meio rural e contou que, após anos atuando como dentista, foi chamado por seu pai para assumir os trabalhos no campo.
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Como o produtor chegou à lavoura
“Fui criado em uma cidade pequena, atrás de um balcão”, conta José Eduardo. Ele lembra que sua trajetória começou com os pais, que eram pioneiros em Goioerê, com um pequeno comércio de secos e molhados. Com muito trabalho, eles investiram em terras e passaram a se dedicar à agricultura, focando principalmente na soja. Desde cedo, José Eduardo teve contato com o universo rural, observando a dedicação dos pais e aprendendo o valor do trabalho no campo.
Após formado, José Eduardo seguiu a profissão de dentista. Passou cinco anos trabalhando em Juranda, onde se casou com sua esposa, Márcia, e depois se mudou para Campo Grande (MS), onde viveu por mais oito anos. No entanto, o destino o levou a uma mudança. Quando seu pai o chamou para ajudá-lo na agricultura, ele decidiu deixar o consultório e se dedicar ao campo. Após algum tempo, seu pai dividiu as terras com os filhos, e José Eduardo assumiu sozinho o cultivo do grão.
Dedicação
Desde que assumiu a responsabilidade pelas lavouras de soja, José Eduardo tem se dedicado a melhorar o manejo das terras. Ele sabe que o trabalho agrícola exige mais do que esforço físico; é preciso conhecimento, paciência e visão de longo prazo.
Nos últimos anos, tem sido cauteloso, evitando desperdícios e custos desnecessários, tanto com a terra quanto com os maquinários. Para ele, a agricultura moderna não é sobre grandes investimentos ou riscos, mas sobre o cuidado com os detalhes e a precaução em cada decisão tomada, especialmente quando se trata da produção de soja.
Cautela no cultivo da soja
O plantio nos municípios onde José Eduardo atua, com foco na soja, segue com boas perspectivas. ”Mesmo com o cenário otimista, no agro, é preciso ter paciência e planejamento. Ainda é muito cedo para tirar conclusões”, afirma. A imprevisibilidade do campo exige que o produtor esteja sempre preparado e consciente de que o sucesso depende tanto do manejo responsável quanto de fatores fora de seu controle.
Ao longo de sua trajetória, José Eduardo aprendeu que o maior “insumo” na agricultura não está nos produtos ou inovações tecnológicas, mas na precaução. Ele acredita que o momento atual exige calma e reflexão, especialmente no cultivo da soja. “Não é hora de arriscar sem planejamento ou buscar soluções rápidas”, explica. Para ele, o foco deve ser sempre no longo prazo, com práticas sustentáveis, que preservem tanto a terra quanto os recursos financeiros.
Planejamento no campo da soja
Fundador da Aprosoja Paraná, José Eduardo, ao contrário de muitos que buscam resultados imediatos, entende que o trabalho no campo exige paciência e uma abordagem equilibrada. No cultivo de soja, ele acredita que, apesar da imprevisibilidade, é possível alcançar bons resultados com responsabilidade e planejamento. Seu objetivo é garantir uma produção de soja sustentável e lucrativa.
Além disso, ele sabe que a terra é um bem precioso. Por isso, dedica-se ao manejo do solo, à preservação ambiental e ao cuidado com as máquinas utilizadas no cultivo de soja. José Eduardo busca evitar gastos desnecessários e garantir que suas lavouras não corram riscos com práticas irresponsáveis. Para ele, a prudência é essencial, e a visão de futuro é fundamental para garantir que o trabalho de hoje no cultivo da soja se traduza em resultados sustentáveis amanhã.