O plantio da soja em Minas Gerais, liberado desde 30 de setembro, enfrenta desafios devido à situação hídrica do estado. A irrigação, embora seja uma alternativa para alguns produtores, é limitada pela falta de chuvas, com previsões para outubro indicando apenas 6 a 20 milímetros, volume insuficiente para a semeadura.
Além disso, as queimadas no Cerrado têm gerado preocupações, danificando a palhada essencial para a conservação do solo e comprometendo a fertilidade das lavouras. As altas temperaturas, que chegam a 40 graus, dificultam ainda mais a recuperação hídrica e afetam o aquífero Guarani.
Em Unaí (MG), o plantio da soja irrigada já alcançou 30% da área prevista de 100 mil hectares, segundo a Cooperativa Agrícola de Unaí (Coagril). De acordo com a Safras & Mercado, os produtores planejam cultivar mais 250 mil hectares em sistema de sequeiro, mas a continuidade do plantio depende do retorno das chuvas, com previsões indicando a possibilidade de precipitações em breve.
A área total de cultivo na grande Unaí deve atingir 350 mil hectares, com expectativa de 180 mil hectares dedicados à soja. Em condições climáticas favoráveis, os produtores acreditam que poderão colher até 3.900 quilos por hectare na safra 2024/25.
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Expectativas para a safra
O plantio de soja em Minas Gerais deve ocupar 2,35 milhões de hectares na temporada 2024/25, representando um aumento de 4,4% em relação à safra anterior. A produção está prevista para atingir 8,979 milhões de toneladas, um crescimento de 7,8% em relação à safra 2023/24, com 8,328 milhões de toneladas. O rendimento médio esperado é de 3.840 quilos por hectare, superando os 3.720 quilos registrados anteriormente.