A Abertura Nacional do Plantio da Soja, realizada em Capinópolis (MG), nesta quinta-feira, 24, marca o início da safra 2020/2021. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) segue ao lado do produtor, mas com os olhos também no futuro da cultura, atuando na vanguarda do desenvolvimento científico e tecnológico.
Este ano, a utilização de bioinsumos ganhou os holofotes, com direito a incentivos do governo federal, por meio do Plano Safra 2020/2021. De acordo com o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Soja, Alvadi Balbinot, a entidade está trabalhando em produtos que vão ao encontro disso: os inoculantes.
“Hoje, temos novos produtos que vêm agregar muito valor à cultura da soja, como por exemplo inoculantes à base de azospirillum, para crescimento radicular. Também temos trabalhado muito forte em agentes biológicos de controle de pragas e doenças”, contou, durante participação no evento.
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Balbinot afirma que a Embrapa também vê como tendência o crescimento da agricultura digital, que já é utilizada por muitos produtores. “São aplicativos para diversas finalidade, como uso de imagens aéreas para planejamento das propriedades rurais; de índices de vegetação para mapear áreas com maior potencial de produtividade; e de novas ferramentas de sensores acoplados em máquinas”, diz.
Outra frente de atuação dos pesquisadores está na genética. Além dos avançados na genética clássica, com a criação de sojas tolerantes a percevejos, por exemplo, surge também a edição gênica, que se difere da transgenia por não usar genes de outros espécies. “É mais fácil de colocar no mercado, pois utiliza genes da própria soja”, afirma. “Ainda está em fase de pesquisa, mas temos grandes perspectivas de que vai gerar cultivares que produtores vão utilizar com grande intensidade”.