A Expedição Soja Brasil chegou ao município de Riachão, no Maranhão, e conheceu a inspiradora história de Antídio Sandri, produtor que superou as dificuldades unindo tecnologia e resiliência.
Gaúcho de Carazinho, Antídio foi um dos pioneiros no cultivo de soja no cerrado maranhense. Em 1977, ele se mudou para a região, atraído pela promessa de terras férteis e pela possibilidade de investir na agricultura. No entanto, o caminho não foi fácil.
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Os desafios do produtor
Ao chegar, Antídio se deparou com solos inadequados para o cultivo de soja. As sementes que trouxe do Rio Grande do Sul não renderam bons resultados, e ele teve que adaptar seus planos. Optou pelo cultivo de arroz, pois a soja não se adaptava ao solo da época. Porém, em 1980, a Embrapa iniciou um projeto de pesquisa na região, focado na adaptação de variedades de soja. Antídio se envolveu e logo obteve sua primeira colheita bem-sucedida, alcançando uma média de 32 sacas por hectare.
Transformação
Com o sucesso da soja adaptada ao clima e solo da região, Riachão se consolidou como um polo agrícola. De acordo com dados apresentados na Expedição Soja Brasil, o município é um dos maiores produtores de soja do Maranhão, com uma produção de 168 mil toneladas em 2021, conforme dados do Governo do Estado.
A região, rica em recursos hídricos, proporcionou a Antídio a oportunidade de investir em irrigação. Hoje, cerca de 30% da propriedade é irrigada, o que possibilita a realização de até três safras por ano, cultivando soja, feijão e milho.
Como o produtor assumiu um cargo importante
Além de seu trabalho no campo, Antídio também desempenhou um papel importante na organização dos produtores locais. Em 1999, foi um dos fundadores do Sindicato Rural de Balsas, que hoje atende a cerca de 20 municípios da região. O sindicato se tornou um centro de formação e apoio, oferecendo cursos de mecânica, aviação agrícola e outras capacitações, ajudando os produtores a se desenvolverem em diversos aspectos.
O impacto do dólar
Com a alta do dólar, o mercado de soja tem se tornado ainda mais competitivo. A valorização da moeda americana favorece as exportações, mas também aumenta os custos de produção, principalmente com os insumos dolarizados.
O consultor Rafael da Silva Silvana, da Safras e Mercado, destaca que, embora o dólar alto favoreça as vendas externas, é necessário analisar outros fatores, como a safra americana e as perspectivas para a soja na América do Sul, antes de tomar decisões sobre o mercado.
Acompanhe a matéria completa no último episódio do Soja Brasil: