Em janeiro deste ano, as exportações de soja em grão cresceram cerca de 200% e as de farelo mais de 50% em relação ao mesmo período de 2023.
Após esses recordes, o mês de fevereiro deve trazer um cenário diferente. Isso porque com a quebra de safra prevista para o Brasil, os embarques tendem a ser menores ao longo de 2024.
No ano passado, o país enviou para o exterior 102 milhões de toneladas da oleaginosa, o que representou uma receita de 53,2 bilhões de dólares, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Agora, a quantidade exportada este ano dependerá diretamente da redução da produção, em patamares que serão melhores definidos ao longo das próximas semanas, quando a colheita avançar. Atualmente, está em 29,4% da área, conforme a Conab.
De acordo com o diretor de Conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, no momento, é seguro afirmar embarques de, aproximadamente, 80 milhões de toneladas, algo que, se confirmado, indicaria queda de 21,5%.
Farelo e óleo de soja
Nos dois primeiros meses de 2023, o Brasil remeteu 2,68 milhões de toneladas de farelo de soja. Já em janeiro e fevereiro incompletos deste ano, o número já atinge 3,07 milhões de toneladas.
Ao longo do ano passado, foram 22,7 milhões de toneladas do coproduto embarcadas.
Quanto ao óleo, o caminho é inverso: as exportações estão menores no primeiro bimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado.
“Até o momento, exportamos 90 mil toneladas de óleo entre janeiro e fevereiro deste ano, o que não chega a um quinto do embarcado no primeiro bimestre de 2024”, diz Ferreira.