As exportações brasileiras do complexo soja entre janeiro e maio deste ano foram expressivas.
Faltando uma semana para fechar a contabilização dos embarques de maio, é possível notar que foram enviadas ao exterior 47,9 milhões de toneladas do grão, 9,4 milhões de toneladas de farelo e 0,49 mil toneladas de óleo.
“Ao final desses primeiros cinco meses, o Brasil terá exportado mais de 50 milhões de toneladas do grão, mas estamos ‘andando de lado’, já que estamos muito em linha com o ano passado”, diz o diretor de Conteúdo do Canal Rural Sul, Giovani Ferreira.
Isso porque no mesmo período de 2023, os números foram estes:
- 49 milhões de toneladas de grãos
- 8,76 milhões de toneladas de farelo
- 1,18 milhão de toneladas de óleo
“Ao considerar apenas maio de 2024, há queda de ao menos 10% ante o mesmo mês do ano passado. Já o óleo desabou em exportações no período”, reforça.
Com isso, Ferreira lembra que de janeiro a maio deste ano, com exceção do óleo de soja, o Brasil tem batido recordes nas remessas ao exterior.
“O sinal de alerta acende para maio. O que está acontecendo no mercado é a boa expectativa de safra nos Estados Unidos, com oferta maior do grão e, por consequência, do farelo e óleo, além de safra cheia na América do Sul, superior a do ano passado, apesar dos problemas no Rio Grande do Sul”.
Além disso, o diretor lembra que a demanda chinesa está menor por conta da redução de importação de farelo, base para a ração de suínos, visto que a população do país está consumindo menos a proteína animal.
“A China está processando a soja que tem em estoque e exportando este farelo e isso, lá na ponta, pode prejudicar o mercado de farelo no Brasil”.