O Rio Grande do Sul contabilizou em janeiro 51 relatos de ferrugem-asiática em lavouras de soja, de acordo com o Consórcio Antiferrugem. A doença é considerada a mais severa da cultura e pode reduzir em até 90% a produtividade se não controlada, conforme a entidade.
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Diferentemente de outras regiões do país, onde a ferrugem-asiática tem aparecido na fase de enchimento das vagens, 96% dos casos em território gaúcho ocorreram nas fases de desenvolvimento anteriores, o que mostra uma incidência precoce, alerta a pesquisadora da Embrapa Soja Cláudia Godoy.
A doença é associada ao excesso de chuvas na região.
Somados aos casos registrados em dezembro, são 88 focos da doença no estado nesta temporada.
A pesquisadora diz que há casos severos de ferrugem observados mesmo com a aplicação de fungicidas, o que mostra que houve falhas no uso do insumo.
Ela orienta os produtores a observar cuidadosamente a escolha dos fungicidas, pois o controle da doença estaria cada vez mais difícil, devido ao fato de o fungo causador apresentar menor sensibilidade a alguns grupos de fungicidas. Além disso, nos últimos anos foi relatada uma nova mutação no fungo.