A safra 2021/22 da soja brasileira já está com 95,5% da área colhida, conforme projeção da última sexta-feira (6) da consultoria Safras & Mercado. Assim, com os trabalhos praticamente finalizados, é possível ter o balanço dos casos de ferrugem asiática da temporada. De acordo com o Consórcio Antiferrugem, foram 377 computados.
A coincidência é que o ciclo 2020/21 registrou exatamente o mesmo número de ocorrências. Contudo, a diferença é que no ciclo atual, Mato Grosso lidera o número de eventos da doença mais severa da oleaginosa, com 234, ou seja, 62% de todos os reportes. Em seguida, com 72 casos, vem Goiás, que nesta safra passou a ser o vice-líder nacional na produção de soja devido à estiagem que afetou fortemente as lavouras de Paraná e Rio Grande do Sul.
Já na safra 2020/21, o estado que mais submeteu notificações de aparecimento de ferrugem foi o Rio Grande do Sul, com 138 ocorrências, ao passo que Mato Grosso havia apontado apenas quatro casos em soja comercial.
Os números desta temporada são 42,2% maiores do que os registrados há dez anos, no ciclo 2011/12. Ainda assim, o Consócio Antiferrugem demonstra clara evolução em sua série histórica, que teve início em 2004/05, com o registro de 332 casos e seu “ápice” na safra 2008/09, com 2.884 reportes. Assim, do período mais crítico ao atual, a redução de ocorrências foi de 86,9%.