A colheita de soja deste ano é desafiadora para os produtores rurais do Mato Grosso. O motivo é o excesso de chuvas, que atrasa a colheita, compromete a qualidade dos grãos e eleva os custos operacionais. Em meio às adversidades, os sojicultores lidam com umidade excessiva, solos encharcados e a necessidade de maquinário especializado para minimizar as perdas.
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Chuvas intensas e impacto na colheita de soja
Com volumes de chuva entre 300 e 400 mm em menos de uma semana, muitas lavouras enfrentaram solos alagados, comprometendo a colheita da soja, além do plantio do milho e do gergelim. Em algumas propriedades, a colheita, prevista para ser concluída em fevereiro, ainda não foi finalizada.
O impacto do clima se reflete diretamente nos números. Em uma propriedade, 97 hectares levaram 16 dias para serem colhidos, resultando em mais de mil sacas de soja descontadas por umidade. A qualidade e a produtividade foram comprometidas, e cada dia a mais no campo aumenta o risco de perda.
Infraestrutura precária e custos elevados
Além das dificuldades climáticas, a falta de infraestrutura tem agravado a situação. Estradas vicinais danificadas, filas nos armazéns e a necessidade de contratar máquinas terceirizadas são desafios constantes. Algumas fazendas precisaram investir em silo bolsa para armazenar a produção, um custo extra inesperado.
Os produtores recorreram ao uso de quase 20 silo bolsas dentro da fazenda, elevando os custos com um gasto inesperado. A alternativa foi adotada de última hora para evitar a perda da soja por falta de transporte e armazenamento.
Dificuldades
Mesmo com o esforço coletivo para minimizar as perdas, os desafios persistem. Além das dificuldades com o clima e a logística, incidentes como o incêndio de uma colhedora agravam ainda mais a situação. Diante de tantos obstáculos, os produtores seguem buscando alternativas para salvar a safra e manter a produção nas dificuldades.