MERCADO

Lavouras dos EUA e fator China derrubam preços da soja; veja cotações

Tombo do petróleo, que caiu quase 4%, completou o quadro negativo aos preços das commodities

lavoura de soja nos Estados Unidos
Foto: Pixabay

O mercado brasileiro de soja esteve travado nesta terça-feira (10). A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) apresentou quedas expressivas, o dólar subiu e os prêmios continuaram firmes.

Ainda assim, os preços domésticos ficaram de estáveis a mais baixos e houve pouca oferta no dia. Os agentes esperam pelo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Preços médios da saca

  • Passo Fundo (RS): caiu de R$ 136 para R$ 135,50
  • Região das Missões: diminuiu de R$ 135 para R$ 134,50
  • Porto de Rio Grande: baixou de R$ 142 para R$ 141,50
  • Cascavel (PR): desvalorizou de R$ 135 para R$ 133
  • Porto de Paranaguá (PR): decresceu de R$ 143 para R$ 141
  • Rondonópolis (MT): caiu de R$ 133 para R$ 132
  • Dourados (MS): estabilizou em R$ 130
  • Rio Verde (GO): desvalorizou de R$ 130 para R$ 128

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados em Chicago fecharam a terça-feira com preços bem mais baixos.

O mercado foi derrubado pela combinação de dois fatores: as condições das lavouras norte-americanas melhores do que o esperado e as importações recordes de soja da China em agosto – que reduzem o potencial de compras futuras do país asiático.

O tombo do petróleo, que caia quase 4% próximo ao fechamento, completa o quadro negativo às cotações.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras de soja do país até 8 de setembro:

  • 65% estavam entre boas e excelentes condições (o mercado esperava 63%)
  • 25% em situação regular;
  • 10% em condições entre ruins e muito ruins

Na semana anterior, os índices eram de 65%, 25% e 10%, respectivamente.

Importações chinesas

mercado da soja mundo preço
Foto: Pixabay/Montagem: Canal Rural

As importações de soja em grão pela China no mês de agosto somaram o recorde de 12,14 milhões de toneladas. Representa um aumento de 29% em relação ao mesmo mês de 2023.

Os comerciantes estão aproveitando os preços mais baixos para estocar em meio a preocupações de que a tensão comercial com os Estados Unidos poderia se intensificar se Donald Trump vencesse as eleições.

Contratos futuros da soja

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro de 2024 fecharam com baixa de 20,75 centavos de dólar por bushel ou 2,03%, a US$ 9,97 1/4 por bushel. A posição janeiro de 2025 teve cotação de US$ 10,15 1/4 por bushel, com recuo de 20,25 centavos ou 1,95%.

Nos subprodutos, a posição dezembro de 2024 do farelo fechou com perda de US$ 7,50 ou 2,30%, a US$ 317,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro de 2024 fecharam a 39,63 centavos de dólar por libra-peso, retração de 0,85 centavo ou 2,09%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,32%, sendo negociado a R$ 5,6536 para venda e a R$ 5,6516 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5690 e a máxima de R$ 5,6715.