Altas temperaturas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e excesso de chuva no Sul. Basta um olhar de setembro de 2023 até aqui para notar que a irregularidade climática marcou todo o ciclo 2023/24 da soja.
Esse cenário levou à quebra de safra de forma irreversível. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por exemplo, reduziu a estimativa de produção em 9,3% ao longo de toda a temporada: de 162 para 146,8 milhões de toneladas.
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Além das questões climáticas, pesquisa realizada pela Agroconsult aponta que os sojicultores também enfrentaram alta infestação de pragas, com aumento de 40% de incidência de percevejo-marrom e 29% de mosca-branca.
Segundo o pesquisador em entomologia, Clérison Perini, essas pragas não prejudicam apenas a qualidade das sementes, mas reduzem a produtividade com perdas de até 30% na colheita.
De acordo com ele, o percevejo-marrom, por exemplo, se reproduz mais intensamente no desenvolvimento do cultivo, momento em que a praga tem alimento de qualidade.
“É importante que o agricultor faça o monitoramento nesse período crítico para um melhor controle, pois essa praga causa danos significativos, com perdas de produtividade de mais de uma saca por hectare a cada inseto por m², reduzindo a qualidade de sementes e dos grãos”, explica.
Soluções para o manejo
Esses desafios têm exigido dos agricultores a busca por soluções mais avançadas e sustentáveis para o manejo integrado na cultura da soja, visando mitigar os impactos negativos sobre a produção.
Assim, para a próxima safra, é fundamental que os sojicultores estejam preparados para lidar com os desafios nas lavouras. De acordo com Perini, o manejo de pragas está entrando em uma nova era, com mais conhecimento sobre o comportamento desses insetos, os danos causados por eles e sua tolerância a determinados produtos.
“Com base nessas informações, a indústria está desenvolvendo e disponibilizando novas formulações, com diferentes ingredientes ativos, que potencializam o efeito inseticida, garantindo um melhor controle desses detratores de produtividade”, reforça o pesquisador em etimologia.
Nessa área, uma inovação recente é o inseticida Terminus, da Ihara, que potencializa os ingredientes ativos contra o percevejo-marrom, garantindo maior poder de choque e residual prolongado.
Com duas aplicações em um intervalo de sete dias, o produto promete reduzir a densidade populacional do inseto, ficando abaixo dos níveis de causar danos às plantações.
“Para proteger as próximas safras e garantir a viabilidade econômica das lavouras de soja, o produtor deverá contar com acompanhamento técnico especializado, que dará o suporte necessário, visando com que os desafios específicos de cada região e em cada ciclo do cultivo sejam enfrentados com as melhores práticas de manejo e tecnologias disponíveis”, destaca o agrônomo e gerente de Marketing Regional da Ihara, Roberto Rodrigues.