Mercado

Mercado da soja registra alta impulsionada por clima nos EUA e câmbio no Brasil

Soja brasileira experimenta valorização, com preços em alta tanto no mercado interno quanto em Chicago

Cotação da soja, preços
Cotação da soja

O mercado brasileiro da soja experimentou um dia positivo na última terça-feira (3), com os preços nas principais praças de comercialização em alta. Em Chicago, os contratos futuros da soja também fecharam em alta, sinalizando um cenário favorável para os produtores.

Segundo o consultor em Agronegócios, Carlos Cogo, o movimento de recuperação foi impulsionado por diferentes fatores, como eventos adversos nos Estados Unidos e o câmbio no Brasil.

“A colheita nos Estados Unidos está prestes a começar, e o contrato de setembro de 2024, que reflete essa safra, teve uma recuperação significativa”, explicou Cogo. “O contrato chegou a cair a US$ 9,66 por bushel, mas agora está se aproximando dos US$ 10 por bushel, o que reflete uma resposta do mercado aos problemas climáticos que afetam as lavouras americanas neste final de ciclo”, completa.

Mercado interno da soja

soja, estimativa, grãos, IBGE, milho, produção baiana
Foto: Guilherme Soares/Canal Rural BA

Cogo destaca ainda que o mercado interno também seguiu em alta. No Brasil, os preços subiram em média R$ 10 por saca desde a segunda quinzena de agosto até agora. Essa alta consistente animou alguns produtores a entrarem no mercado e realizarem vendas no mercado spot.

Quanto ao que está no radar dos mercados até o final desta quarta-feira (4), o consultor aponta três fatores principais: clima, câmbio e prêmios nos portos brasileiros. “O dólar ainda está forte, acima de R$ 5,60, e as cotações futuras em Chicago mostram algum ganho”, comenta.

Além disso, os prêmios nos portos brasileiros estão próximos de 2 centavos por bushel positivo sobre o contrato futuro em Chicago, de acordo com Cogo. “Isso significa que, ao invés de US$ 9,99 por bushel, a soja está sendo embarcada na casa dos US$ 12 por bushel, representando um ganho expressivo para o produtor brasileiro”, completa Carlos Cogo.