Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira, 10, com preços mistos. A maior parte dos contratos do grão subiram, enquanto os do farelo caíram. O mercado repercutiu a divulgação do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os primeiros contratos foram pressionados pela inesperada redução da demanda por esmagamento de soja entre a primavera e o verão, no hemisfério norte. O USDA indicou o processamento nos EUA em 2020/21 em 59,16 milhões de toneladas, contra 59,6 milhões projetados em maio. Outro fator de pressão foi o indicativo de estoques norte-americanos em 2021/22 acima do esperado pelo mercado.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 18,50 centavos de dólar por bushel ou 1,18% a US$ 15,44 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 15,10 por bushel, com perda de 13,00 centavos ou 0,85%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo recuou US$ 4,80 ou 1,24% a US$ 381,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 70,46 centavos de dólar, perda de 1,13 centavo ou 1,57%.
Soja no mercado físico
O mercado brasileiro de soja teve uma quinta praticamente vazia de negócios e com preços mistos em patamares nominais. O relatório do USDA centrou as atenções. O mercado, que já vinha lento, quase travou depois de um levantamento que pouco ajudou a definir uma tendência externa.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 168. Na região das Missões, a cotação permaneceu em R$ 167. No porto de Rio Grande, o preço subiu de R$ 172 para R$ 172,50.
Em Cascavel, no Paraná, o preço caiu de R$ 167,50 para R$ 165,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca baixou de R$ 173 para R$ 172.
Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 166. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 159 para R$ 160. Em Rio Verde (GO), a saca estabilizou a R$ 164.
Dólar
O dólar comercial fechou com leve queda de 0,07% no mercado à vista, cotado a R$ 5,0660 para venda, em sessão de forte volatilidade e amplitude, em dia de divulgação dos números da inflação nos Estados Unidos, com o dado acima do esperado, e investidores fazendo ajustes técnicos aqui e no exterior à espera das decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Banco Central (BC) na semana que vem.