As exportações de soja do Brasil podem chegar a um total de 83 milhões de toneladas em 2021, segundo levantamento da consultoria Safras & Mercado. Se isso se confirmar, o montante deve superar os volumes esperados para este ano, que são de 82,8 milhões de toneladas. Vale ressaltar que os números ainda serão inferiores as 83,2 milhões de toneladas de 2018.
No levantamento anterior, divulgado em setembro, os números das duas temporadas eram de 82,5 milhões de toneladas.
“Claro, que se acontecerem perdas de produção nesta safra, teremos menos para exportar. Mas por enquanto, não acredito que vamos bater o recorde pois acredito que o Brasil poderá perder um pouco de vendas para a China, em função dos Estados Unidos. Ainda é muito cedo para descartar o recorde, vamos ver como será a produção, se diminuir, certamente não devemos quebrar a marca de 2018, que foi bem atípico”, diz o analista da Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez.
Processamento no Brasil
A consultoria indica esmagamento de 45,7 milhões de toneladas em 2021, acima das 44,5 milhões de toneladas previstas para 2020, representando um aumento de 3% entre uma temporada e outra.
Em relação à temporada 2021, a oferta total de soja deverá subir 2%, passando para 133,853 milhões de toneladas. A demanda total está projetada em 132,3 milhões de toneladas, crescendo 1% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão subir 736%, passando de 186 mil para 1,553 milhão de toneladas.
Óleo e farelo
A consultoria estima uma produção de farelo de soja de 34,98 milhões de toneladas, com aumento de 2%. As exportações deverão subir 2% para 17,5 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 17,35 milhões, aumento de 2%. Os estoques deverão subir 9% para 1,603 milhão de toneladas.
Já a produção de óleo de soja deverá subir 2% para 9,2 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 800 mil toneladas, com queda de 27% sobre o ano anterior. O consumo interno deve subir de 8,31 milhões para 8,62 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve subir 6% para 4,5 milhões de toneladas. A previsão é de estoques caindo 57% para 97 mil toneladas.