O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revisou os custos de produção da soja transgênica para a safra 2021/2022 e mais uma vez os valores aumentaram. Segundo a entidade, o custo operacional efetivo (COE), ficou cotado em R$ 3.717,35 por hectare. Isso representa um aumento de 2,2% ante a perspectiva realizada no mês anterior e 11% ante a safra anterior.
Em fevereiro, a entidade apontava custos da soja na casa dos R$ 3.643,65 por hectare para a safra 2021/2022. Na safra encerrada agora, 2020/2021, o custo foi de R$ 3.347,91 por hectare.
Vale destacar que o custo comentado COE engloba não só os gastos com insumos para o plantio, mas também os gastos com transporte, combustíveis, arrendamento, armazenagem, uso de máquinas, financiamentos e mão de obra.
“Dentre os fatores que exerceram influência na alta observada nos custos, vale destacar a valorização do dólar, que obteve uma elevação de 4,19% em março/21 ante a fevereiro/21 e a demanda aquecida por insumos agrícolas”, diz o Imea.
O que mais encareceu?
Em termos gerais, o item da lista que mais encareceu foi o valor do arrendamento, que subiu 44,8%, ou seja era de R$ 170,32 por hectare na safra 2020/2021 e passou a valer R$ 246,63 na safra 2021/2022.
Na sequência, aparecem as sementes com custo 18,85% mais elevado, passando de R$ 348,14 em 2020/2021, para R$ 413,77 por hectare em 2021/2022.
Os fertilizantes e corretivos, um dos ítens mais caros da safra, também encareceram bastante. Em 2020/2021 custavam R$ 907,72 por hectare e agora e para 2021/2022 estão cotados a R$ 1.021,58 por hectare, alta de 12,54%.
O que ficou mais barato?
São poucos os ítens que apresentam queda nos custos, mas um deles é o custo da mão de obra, que agora vale R$ 100,10 por hectare, 24,53% a menos que os R$ 132,64 por hectare de 2020/2021.
O valor do Funrural é outro que diminuiu. Na safra 2020/2021 custava para o produtor um total de R$ 24,38 por hectare, 26,86% a mais que os R$ 17,83 desta safra 2021/2022.