Soja Brasil

Queda do dólar pressiona preços da soja no Brasil

Mesmo com os preços da soja mais altos em Chicago, o mercado brasileiro viu os valores da saca recuarem mais uma vez

grãos de soja com símbolo de dinheiro, impostos, reforma tributária
Foto: Pixabay

Sem negócios, o mercado brasileiro de soja vai acompanhando a trajetória descendente dos preços no disponível. O forte recuo do dólar frente ao real pressionou os referenciais e inviabilizou a comercialização. Chicago se recuperou das perdas recentes, mas o movimento não foi suficiente para segurar as cotações ou aumentar o interesse dos negociadores.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 149 para R$ 148. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 148 para R$ 147. No porto de Rio Grande, o preço recuou de R$ 149 para R$ 148.

Em Cascavel, no Paraná, a saca de soja caiu de R$ 149 para R$ 145. No porto de Paranaguá (PR), a saca baixou de R$ 150 para R$ 149.

Em Rondonópolis (MT), a saca baixou de R$ 159 para R$ 153. Em Dourados (MS), a cotação ficou em R$ 150. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu em R$ 155.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira, 3, com preços em alta. Após três sessões de perdas, quando o mercado recuou para os menores níveis desde 16 de novembro, as cotações foram sustentadas por fatores técnicos.

Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com alta de 15,25 centavos de dólar por libra-peso ou 1,32% a US$ 11,68 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 11,70 por bushel, com ganho de 15,50 centavos ou 1,34%.

Nos subprodutos, a posição janeiro do farelo subiu US$ 3,50 ou 0,90% a US$ 389,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em janeiro fecharam a 37,6 centavos de dólar, alta de 0,71 centavo ou 1,92%.

A alta do petróleo ajudou no movimento de compras, assim como a preocupação com o impacto climático na América do Sul. Apesar do retorno das chuvas, ainda há regiões que precisam de maior umidade para assegurar o plantio e o desenvolvimento das lavouras.

Os fracos números para as exportações semanais americanas ficaram em segundo plano. As vendas, referentes à temporada 2020/21, com início em 1º de setembro, ficaram em 406.900 toneladas na semana encerrada em 26 de novembro. Foi o menor nível do ano comercial e representa uma queda de 47% sobre a semana anterior e de 68% na média em quatro semanas. Os analistas esperavam exportações entre 400 mil e 1,15 milhão de toneladas.

Dólar

O dólar comercial encerrou a sessão com baixa de 1,94%, sendo negociado a R$ 5,1390 para venda e a R$ 5,1370 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1220 e a máxima de R$ 5,2310.