Com Chicago caindo forte e o dólar subindo na mesma proporção, os preços da soja estabilizaram nesta sexta-feira (10) em patamares elevados.
Em dia de relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), poucos negócios foram registrados. Mas o balanço da semana foi positivo, com cerca de 1 milhão de toneladas negociadas.
Para Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos se manteve em R$ 199. Na região das Missões (RS), a cotação permaneceu em R$ 198,50 e no Porto de Rio Grande (RS), o preço ficou em R$ 204.
Em Cascavel (PR) o preço estabilizou em R$ 196,50 a saca; já no porto de Paranaguá (PR), a saca recuou de R$ 202 para R$ 201,50.
A saca seguiu em R$ 180,50 para Rondonópolis (MT) . Na região de Dourados (MS), a cotação permaneceu em R$ 185 e em Rio Verde (GO), ficou em R$ 179.
Soja em Chicago
Os contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais baixos, reduzindo os ganhos acumulados ao longo da semana. Após atingir na quinta-feira (9) um patamar histórico, o dia foi de realização de lucros. O relatório de junho do USDA confirmou aperto nos estoques, mas sem impactar a correção do dia.
Na semana, a posição julho subiu 2,88%, impulsionada pela boa demanda pela soja americana e pelas preocupações com com o excesso de chuvas no norte do cinturão produtor americano.
Após os números do USDA, o mercado tentou reduzir as perdas, mas o movimento não se confirmou.
O relatório indicou que a safra norte-americana de soja deverá ficar em 4,640 bilhões de bushels em 2022/23, o equivalente a 126,28 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 51,5 bushels por acre. Foram mantidas as projeções de maio. O mercado apostava em número de 4,638 bilhões de bushels ou 126,22 milhões de toneladas.
Os estoques finais estão projetados em 280 milhões de bushels ou 7,62 milhões de toneladas. Em maio, o número era de 310 milhões de bushels ou 8,44 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 295 milhões ou 8,03 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,255 bilhões de bushels e exportação de 2,2 bilhões, sem alterações.
Em relação à temporada 2021/22, o Departamento indicou produção de 4,435 bilhões de bushels, ou 120,7 milhões de toneladas. Os estoques foram indicados em 205 milhões de bushels ou 5,58 milhões de toneladas. No mês passado, o número foi de 235 milhões ou 6,4 milhões de toneladas. O mercado apostava em número de 217 bilhões ou 5,9 milhões.
O relatório projetou safra mundial de soja em 2022/23 de 395,37 milhões de toneladas. Em maio, a projeção era de 394,7 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 100,46 milhões de toneladas, contra 99,6 milhões de toneladas de maio. O mercado esperava por estoques finais de 99,8 milhões de toneladas.
A projeção do USDA aposta em safra americana de 126,3 milhões de toneladas. A safra brasileira foi indicada em 149 milhões e a argentina em 51 milhões de toneladas. A China deverá importar 99 milhões de toneladas. Não houve alterações nestas estimativas.
Em relação à temporada 2021/22, a produção global está estimada em 351,997 milhões de toneladas, com estoques finais de 86,15 milhões. O mercado projetava carryover de 85 milhões de toneladas.
A estimativa para a safra brasileira foi elevada de 125 milhões de toneladas para 126 milhões e a previsão para a Argentina passou de 42 milhões de toneladas para 43,4 milhões. O número para a importação chinesa ficou em 92 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 23,50 centavos ou 1,32% a US$ 17,45 1/2 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 16,62 por bushel, com perda de 17,75 centavos de dólar ou 1,05%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com alta de US$ 1,60 ou 0,37% a US$ 429,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 80,81 centavos de dólar, com perda de 1,82 centavo ou 2,2%.