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Soja Brasil

Soja: clima volta a pressionar preços e Chicago sobe 1,26%

O clima segue no foco do mercado de soja, com as lavouras norte-americanas em condições abaixo do esperado pelo mercado

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira, 8, com  preços mais altos. O clima seguiu sendo motivo de preocupação nos Estados Unidos e voltou a pressionar as  cotações, com as lavouras em condições abaixo do esperado pelo mercado.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 19,75 centavos de dólar por libra-peso ou  1,26% a US$ 15,80 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 15,39 por bushel, com ganho de 17,25 centavos ou 1,13%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo avançou US$ 2,90 ou 0,74% a US$ 389,80 por tonelada. No óleo, os  contratos com vencimento em julho fecharam a 72,08 centavos de dólar, ganho de 1,25 centavo ou 1,76%.

Sobre as condições das lavouras, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou os dados sobre as lavouras americanas. Segundo o USDA, até 6 de junho, 67% estavam entre boas e excelentes condições – o  mercado esperava 70% -, 27% em situação regular e 6% em condições entre ruins e muito ruins. No ano passado,  neste período, 72% das lavouras estavam entre boas e excelentes condições.

A área plantada estava apontada em 90%. O mercado esperava o número em 92%. Na semana passada, o número estava em 84%. Em igual período do ano passado, a semeadura era de 84%. A média é de 79%.

Os agentes do mercado também começam a se posicionar frente ao relatório de junho do USDA. O Departamento  deve elevar a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2021/22. O relatório de junho será  divulgado nesta quinta, 10, às 13hs.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,414 bilhões de bushels em 2021/22. Em maio, a previsão ficou em 4,405 bilhões de bushels. No ano passado, a produção foi de 4,135 bilhões.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 91,6  milhões de toneladas, contra 91,1 milhões estimados em maio. Para 2020/21, a previsão deverá passar de 86,6 milhões para 86,7 milhões de toneladas.

A produção brasileira de soja em 2020/21 deverá ter sua estimativa elevada de 136 milhões para 136,2 milhões de toneladas. A safra argentina pode ter corte, passando de 47 milhões para 46,5 milhões de toneladas.

Soja no mercado físico

Os preços da soja subiram nas principais praças do país nesta quinta-feira, acompanhando os ganhos de Chicago e apesar da estabilidade do dólar. A movimentação seguiu restrita, com alguns lotes pontuais trocando de mãos durante as máximas em Chicago.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 168,50 para R$ 169. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 167,50 para R$ 168. No porto de Rio Grande, o preço passou de R$ 172,50 para R$ 172.

Em Cascavel, no Paraná, o preço aumentou de R$ 167 para R$ 167,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 172 para R$ 173.

Em Rondonópolis (MT), a saca avançou de R$ 165 para R$ 166. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 159 para R$ 160. Em Rio Verde (GO), a saca aumentou de R$ 166 para R$ 167.

Dólar

O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 0,05%, sendo negociado a R$ 5,0400 para venda e a R$  5,0380 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0210 e a máxima de  R$ 5,0680.

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