Com a baixa do dólar – que chegou a operar abaixo de R$ 5 – e a volatilidade de Chicago, o mercado brasileiro de soja teve mais um dia de escassez. Os preços oscilaram nominalmente para baixo enquanto o produtor segue retraído.
- USDA reduz projeção para safra de soja no Brasil e Argentina
- Soja: Anec eleva estimativa de exportação para 13,7 milhões de toneladas
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 215 para R$ 213 enquanto na região das Missões, a cotação baixou de R$ 214 para R$ 212 juntamente com o Porto de Rio Grande, em que o preço passou de R$ 218 para R$ 216.
Em Cascavel, no Paraná, o preço caiu de R$ 203,50 para R$ 200,50 a saca. Além disso, no porto de Paranaguá (PR), a saca passou de R$ 208 para R$ 205.
Para Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 191 para R$ 192. Em Dourados (MS), a cotação recuou de R$ 195,00 para R$ 194. Em Rio Verde (GO), a saca baixou de R$ 188 para R$ 186.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais baixos, mudando de direção na parte final da sessão. Em relatório de poucas surpresas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a forte queda do petróleo e dos produtos vizinhos em Chicago – trigo e milho – determinou a correção.
O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,435 bilhões de bushels em 2021/22, o equivalente a 120,7 milhões de toneladas. O número é o mesmo da estimativa anterior. A produtividade foi mantida em 51,4 bushels por acre.
Os estoques finais estão projetados em 285 milhões de bushels ou 7,76 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 270 milhões ou 7,35 milhões de toneladas. No relatório anterior, a previsão era de 325 milhões ou 8,85 milhões de toneladas.
O USDA indicou esmagamento em 2,215 bilhões de bushels e exportação de 2,090 bilhões. No mês anterior, as estimativas eram de 2,215 bilhões e 2,050 bilhões respectivamente.
O Departamento ainda projetou safra mundial de soja em 2021/22 de 353,8 milhões de toneladas, contra 363,9 milhões em fevereiro. Os estoques finais estão estimados em 89,96 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 88,9 milhões de toneladas. Em fevereiro, o USDA indicou estoques de 92,83 milhões de toneladas.
A projeção do USDA aposta em safra americana de 120,71 milhões de toneladas, mantendo o prognóstico anterior. Para o Brasil, a previsão foi cortada de 134 milhões para 127 milhões de toneladas. A safra da Argentina está estimada em 43,5 milhões de toneladas, um corte de 1,5 milhão sobre o antigo relatório. O mercado esperava por produções de 128 milhões e 43 milhões, respectivamente.
As importações chinesas foram cortadas de 97 milhões para 94 milhões de toneladas. Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 18 centavos de dólar por bushel ou 1,06% a US$ 16,71 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 16,43 por bushel, com perda de 12,50 centavos ou 0,75%. Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 1,40 ou 0,29% a US$ 474,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 74,15 centavos de dólar, com baixa de 1,60 centavo ou 2,11%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,77%, sendo negociado a R$ 5,0110 para venda e a R$ 5,0090 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9850 e a máxima de R$ 5,0350.