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Soja Brasil

Soja segue em alta no Brasil e saca chega a R$ 156

Os preços da oleaginosa dispararam no mercado interno, mesmo com as perdas observadas na Bolsa de Chicago

soja bahia, LEM
Foto: Pedro Silvestre

Com o dólar encostando em R$ 5,50 durante esta segunda-feira, 21, os preços da soja ignoraram a realização de lucros de Chicago e dispararam no mercado interno. Houve indicação de saca a R$ 156 no interior do Rio Grande do Sul para janeiro.

Os agentes seguiram retraídos nas duas pontas. Sem oferta, apenas negócios pontuais foram registrados.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 147 para R$ 150. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 146,50 para R$ 149. No porto de Rio Grande, o preço subiu de R$ 142 para R$ 144.

Em Cascavel, no Paraná, o preço aumentou de R$ 142 para R$ 144 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca passou de R$ 141 para R$ 150.

Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 145 para R$ 153. Em Dourados (MS), a cotação avançou de R$ 142 para R$ 149. Em Rio Verde (GO), os valores passaram de R$ 145 para R$ 150.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços em baixa acentuada. A aversão ao risco no mercado financeiro internacional se estendeu às commodities e acelerou o esperado movimento de realização de lucros para a oleaginosa.

As preocupações com o retorno do coronavírus na Europa traz dúvidas sobre a recuperação da economia global. O petróleo despencou, assim como as bolsas de valores. Os investidores buscam opções mais seguras, como o dólar, e se desfazem das suas posições em commodities. O dia foi de perdas generalizada no mercado agrícola futuro.

A soja recebeu pressão adicional do início da colheita nos Estados Unidos, com clima favorecendo os trabalhos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulgou nesta segunda o quadro sobre a evolução da colheita, que chegou a 6% da área, enquanto a aposta do mercado era de 5%.

O cenário financeiro propiciou a correção técnica, mesmo que a demanda pela oleaginosa americana permaneça firme e tenha limitado uma queda ainda mais acentuada. Hoje o USDA anunciou vendas de 132 mil toneladas para a China, o mesmo volume para o Paquistão e 171 mil toneladas para destinos não revelados por parte de exportadores privados. Foi o décimo dia seguido de vendas.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.310.854 toneladas na semana encerrada no dia 17 de setembro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Analistas esperavam o número em 1,29 milhão de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 21 centavos ou 2,01% em relação ao fechamento anterior, a US$ 10,22 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,27 1/2 por bushel, com perda de 19,75 centavos ou 1,88%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 4,00 ou 1,16% a US$ 338,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 34,20 centavos de dólar, baixa de 0,86 centavo ou 2,44%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,44%, sendo negociado a R$ 5,3990 para venda e a R$ 5,3970 para compra. Durante o dia, a moda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3900 e a máxima de R$ 5,4990.

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