Os preços da soja despencaram até R$ 10,00 por saca nesta quarta no mercado brasileiro, acompanhando a queda combinada e acentuada dos contratos futuros em Chicago e do dólar frente ao real. Mas as referências são nominais, já que compradores e vendedores se ausentaram dos negócios.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 179,00 para R$ 174,00. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 178,00 para R$ 173,00. No porto de Rio Grande, o preço caiu de R$ 183 para R$ 178.
Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 169,00 para R$ 162,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca despencou de R$ 183,00 para R$ 173,00. Em Rondonópolis (MT), a saca caiu de R$ 173,50 para R$ 171,50. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 160 para R$ 157. Em Rio Verde (GO), a saca baixou de R$ 165 para R$ 161.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira, 10, com preços mais baixos. O mercado encerrou bem próximo das mínimas do dia, com fundos e especuladores realizando lucros.
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 30,25 centavos de dólar por libra-peso ou 2,10% a US$ 14,09 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 13,96 por bushel, com perda de 30 centavos ou 2,10%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo recuou US$ 9,80 ou 2,35% a US$ 406,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 53,47 centavos de dólar, com perda de 0,08 centavo ou 0,14%.
A perspectiva de que a safra brasileira vai ser cheia, mesmo com o atraso na colheita em decorrência das chuvas, pesou sobre as cotações. O analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Roque, confirmou que a produção deverá ser a maior da história, em torno de 133 milhões de toneladas.
Os agentes ainda absorveram o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta terça, 9, que não trouxe surpresas. A simples manutenção na projeção para os estoques americanos foi suficiente para adicionar pressão.
Para esta quinta, 11, o mercado aguarda os números para as exportações semanais americanas. A aposta é de embarques entre 250 mil e 700 mil toneladas.