O mercado de soja estará com suas atenções divididas na próxima semana, de acordo com análise da consultoria Safras & Mercado. Um dos focos é o clima para a evolução do plantio e desenvolvimento inicial das lavouras na América do Sul.
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Além disso, os agentes estarão olhando para a finalização da colheita norte-americana e para os sinais de demanda chinesa por essa soja.
Segundo a consultoria, o mercado também continuará digerindo os números do último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No lado financeiro, as atenções permanecem voltadas para a segunda onda de contaminações do coronavírus no Hemisfério Norte.
Confira abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana que vem, com dicas do analista Luiz Fernando Roque, de Safras & Mercado:
- Na última semana, o clima na maior parte dos estados brasileiros não foi favorável. Os volumes de precipitações acumuladas ficaram bem abaixo dos registrados na segunda quinzena de outubro e início de novembro. Isso voltou a trazer grandes preocupações com relação ao desenvolvimento inicial das lavouras brasileiras;
- Apesar disso, os trabalhos de plantio da soja continuaram evoluindo, com os produtores apostando nas chuvas que devem voltar a maioria dos estados nos próximos dias;
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- A safra da América do Sul continua sob grande risco climático, o que traz algum suporte para Chicago;
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- Se os mapas voltarem a apontar para pouca umidade, o mercado pode ganhar novo fôlego;
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- Nos EUA, os trabalhos de campo entraram na reta final. Apesar de a colheita ter evoluído em bom ritmo ao longo de setembro e outubro, o clima pouco úmido aumentou as perdas produtivas em lavouras de alguns estados importantes;
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- Frente a isso, o USDA trouxe um novo corte relevante na estimativa para a safra norte-americana, corte esse que superou as expectativas do mercado;
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- Chicago ganhou muita força após o relatório, com os primeiros contratos voltando a trabalhar próximos de US$ 11,50 por bushel;
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- Essa safra menor, somada a uma demanda maior, deve resultar nos menores estoques norte-americanos em cinco anos, fato que naturalmente é um grande fator de valorização para Chicago.